Usina de Tapajós inviabiliza projetos de ouro e diamante no Pará
O projeto da hidrelétrica de São Luiz
do Tapajós, em Itaituba (PA), pode prejudicar o setor de mineração de
ouro e diamante no Estado. Segundo o Relatório de Impacto Ambiental
(Rima) da obra, o empreendimento terá impacto direto em garimpos
regulares na região. Alguns deles, segundo o documento, se tornarão
inviáveis com o enchimento do reservatório, que será responsável também
pela remoção de 1,4 mil pessoas.

Com a capacidade revista para 8.040 megawatts (MW),
São Luiz é a principal aposta do governo para o crescimento da oferta de
energia hidrelétrica nos próximos anos e deve ir a leilão até o final
deste ano.
O texto prevê o alagamento de 356 quilômetros
quadrados de áreas de alta diversidade ambiental para o reservatório da
usina, que terá, ao todo, 729 quilômetros quadrados. Inicialmente
estimada em 6.133 MW, a potência da usina foi revista após estudos mais
detalhados sobre a melhor localização da barragem e suas duas casas de
força.
O enchimento do lago vai inviabilizar a atividade
agropecuária e também a mineração nas margens do rio. Na área do
empreendimento, há hoje 117 processos minerários em curso, em diferentes
estágios de regularização.