UMA ADOLESCENTE DE 13 ANOS SE MATA APÓS TER FOTOS ÍNTIMAS DIVULGADAS NA INTERNET
Uma
adolescente de 13 anos se matou na tarde da última quinta-feira (20) em
Veranópolis, no Rio Grande do Sul, depois de descobrir que um
ex-namorado espalhou na web fotos dela seminua.
A informação
é do Zero Hora, que não divulgou o nome da jovem à pedido da família,
que quer preservar sua memória. Segundo as informações, a jovem foi
avisada por uma amiga que as fotos estavam circulando na internet.
O rapaz teria conseguido as imagens a
partir de uma conversa na webcam e as divulgou no Twitter e no
Facebook. Horas depois de saber que suas fotos estavam na internet, a
jovem foi encontrada enforcada em casa.
A família da jovem foi à delegacia
para entregar o computador e o celular da estudante. Inquérito investiga
caso: O delegado Marcelo dos Santos Ferragem disse que um inquérito
investiga o caso.
Segundo ele, os responsáveis
responderão pelo artigo 241 A do Estatuto da Criança e do Adolescente,
que considera crime grave a divulgação de fotos, vídeos ou imagens de
crianças ou adolescentes em situação ponográfica ou de sexo explicito.
O adolescente que registrou a cena é
considerado o principal suspeito por divulgar as imagens – o nome dele
aparece no printscreen feito da tela do computador durante uma conversa
em que a estudante mostrou os seios pela webcam, cerca de 6 meses atrás.
O delegado, no entanto acredita que outras pessoas podem ser
responsabilizadas. “Além do autor, todos os que repassaram cometeram
crime”, explica.
Ele irá ouvir amigos da jovem, o
ex-namorado e pedir uma perícia no computador da adolescente. O pai da
adolescente, que estudava no 2º ano, pediu justiça. “A gente não quer
que isso aconteça com mais ninguém. Queremos que sirva de alerta. Que os
pais passem mais tempo com os filhos, que saibam o que eles estão
fazendo no computador.
As redes sociais têm um lado muito
bom, mas descobrimos que também têm um lado muito ruim. Achamos que ela
estava se divertindo, não percebemos nada de anormal no comportamento
dela. Queremos justiça”, afirmou.