VEJA COMO O AUMENTO DE IMPOSTOS VAI AFETAR O CONSUMIDOR
Operações de crédito ficarão mais caras, sem margem para juros menores. Repasse de impostos na gasolina não é automático
O aumento
de impostos no crédito, anunciado pelo Governo Federal nesta
segunda-feira (19), pesará diretamente no bolso do consumidor e não dará
margem para a redução dos juros no mercado, veem analistas ouvidos pelo
G1.
Já o repasse da alta do tributo
sobre os combustíveis para os consumidores– a Contribuição de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – tende a acontecer, mas não
será automático. O consumidor também deve ficar atento ao comprar
produtos importados, cuja alíquota de impostos vai subir.
Em todas as operações de crédito –
incluindo financiamento imobiliário e empréstimo pessoal –, o cidadão
terá que arcar com uma alíquota maior do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF), que subiu de 1,5% para 3%.
A medida vai encarecer diretamente no Custo Efetivo Total (CET) de todos os empréstimos e financiamentos no país. Na prática, além das taxas de juros, o consumidor vai desembolsar uma quantia extra em tributos para a arrecadação do governo.
Para o professor de finanças do Ibmec, Eduardo Coutinho, o aumento do imposto vai subir o custo dos financiamentos, ao passo que as taxas de juros devem continuar subindo. “O objetivo da medida é aumentar a arrecadação do governo federal, já que o IOF não é dividido entre os estados”, diz.
O impacto direto desse encarecimento do crédito será uma retração do consumo, analisa o Coutinho. O docente recomenda que o consumidor passe a observar com mais atenção o cálculo do CET ao contrair crédito – e não apenas os juros cobrados na operação.
O economista e sócio da Go Associados, Gesner Oliveira, afirma que esse aumento já era esperado e vem em linha com o aguardado pacote de ajuste fiscal da nova equipe econômica, que persegue um superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
“Na prática, tomar dinheiro emprestado e fazer compras a prazo vai ficar mais caro. É uma medida de contenção de crédito”, avalia o economista.
A medida vai encarecer diretamente no Custo Efetivo Total (CET) de todos os empréstimos e financiamentos no país. Na prática, além das taxas de juros, o consumidor vai desembolsar uma quantia extra em tributos para a arrecadação do governo.
Para o professor de finanças do Ibmec, Eduardo Coutinho, o aumento do imposto vai subir o custo dos financiamentos, ao passo que as taxas de juros devem continuar subindo. “O objetivo da medida é aumentar a arrecadação do governo federal, já que o IOF não é dividido entre os estados”, diz.
O impacto direto desse encarecimento do crédito será uma retração do consumo, analisa o Coutinho. O docente recomenda que o consumidor passe a observar com mais atenção o cálculo do CET ao contrair crédito – e não apenas os juros cobrados na operação.
O economista e sócio da Go Associados, Gesner Oliveira, afirma que esse aumento já era esperado e vem em linha com o aguardado pacote de ajuste fiscal da nova equipe econômica, que persegue um superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
“Na prática, tomar dinheiro emprestado e fazer compras a prazo vai ficar mais caro. É uma medida de contenção de crédito”, avalia o economista.
O presidente da Federação Nacional
do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo
Miranda, afirmou que o repasse da Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) sobre os combustíveis nos postos é uma "tendência
natural".
Ele destacou, no entanto, que o
setor defenderá a redução dos preços cobrados pela Petrobras nas
refinarias para evitar que o novo custo seja repassado nas bombas.
"A nossa expectativa era de que o
governo não daria esse aumento sem antes ajustar o preço da Petrobras",
disse Miranda, em entrevista ao G1.
A Petrobras vinha vendendo, nos
últimos anos, combustível abaixo dos preços internacionais, o que gerava
perdas para a companhia. A recente queda de cerca de 60% nos preços
internacionais do petróleo, no entanto, deixou a estatal com margem para
reduzir seus preços, que estão hoje cerca de 70% acima dos cobrados no
exterior.
A volta da Cide e a elevação do PIS e
da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre
os combustíveis foi anunciada nesta segunda-feira. O impacto será de R$
0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o díesel. O PIS e a Cofins terão
alta imediata, mas o aumento da CIDE só valerá daqui a 90 dias.
Com as medidas anunciadas nesta
segunda, o consumidor deve ficar atento, também, ao comprar produtos
importados. No caso das importações, o PIS e a Cofins foram elevados de
9,25% para 11,75%. O objetivo, segundo Levy, é compensar a decisão do
Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações. "A
gente ajusta a alíquota para que não se prejudique a produção doméstica.
Correção da própria economia", declarou. A expectativa é arrecadar R$
694 milhões neste ano.
Por: G1