Enquanto os homens exercem seus podres poderes…
Segundo o relatório “Financing Global Health 2014”,
publicado ontem (16), a ajuda dos países ricos para as áreas de saúde
dos países pobres foi de US$ 458 bilhões (R$ 1,46 trilhão) nos últimos
23 anos (1990-2013).
Os maiores doadores foram o
governo dos EUA (US$ 143,1 bilhões), e a Fundação Bill & Melinda
Gates, com US$ 69,9 bilhões. Bill Gates é o maior doador privado do
mundo.
Segundo o mesmo relatório, destarte as
doações, os índices de desenvolvimento nas áreas que recepcionam os
investimentos não têm crescido na mesma proporção.
Em
2005, chamou-me a atenção uma manchete da edição inglesa da revista
alemã, Der Spiegel: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!”.
Tratava-se
de uma entrevista concedida à revista pelo economista queniano, James
Shikwati, sugerindo que a ajuda à África, se parasse, ninguém sentiria a
falta, mas tão somente a burocracia corrupta dos países destinatários.
“Burocracias enormes são financiadas, a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos.”.