Clubes de Santarém já ameaçavam protestar atrasando partidas no Colosso do Tapajós
Os dez clubes que disputam o Campeonato
Paraense de Futebol 2016 começam a receber nesta semana, a cota de
patrocínio referente ao convênio celebrado pelo governo do Estado, por
meio Banco do Estado do Pará (Banpará) com a Federação Paraense (FPF).
O convênio foi assinado na última
segunda-feira (21), e deve garantir aproximadamente R$ 3,5 milhões para
todos os clubes na temporada: Águia de Marabá, Cametá, Independente,
Paysandu, Paragominas, Parauapebas, Remo, São Francisco, São Raimundo e
Tapajós. Dentre desse valor, o banco repassará R$ 120 mil ao campeão
paraense de 2015, além de um valor em dinheiro para os três melhores
colocados.
Para o presidente do Banpará, Augusto
Costa, a assinatura do convênio fortalece cada vez mais a sua política
social de incentivo às práticas esportivas no Pará, bem como contribui
fortemente com o entretenimento da população paraense. Pela Federação
estiveram presentes o presidente, Adelcio Torres e o vice-presidente
Maurício Bororó.
Segundo o presidente da FPF, Adelcio
Torres, a parceria com o Banco demonstra o interesse que ambos possuem
em valorizar cada vez o futebol paraense. “Hoje nós estamos
oficializando a assinatura com o Banpará para fazer o repasse para os
clubes, e acreditamos que essa parcela é de extrema importância para a
realização do campeonato”, apontou.
CLUBES EM DIFICULDADES FINANCEIRAS:
O Governo do Estado ainda é o maior patrocinador do campeonato paraense
por meio da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), mantenedora
da TV cultura, que transmite as partidas, além do Banco do Estado, o
Banpará. Com o segundo turno da competição já em andamento e sem o
repasse, os clubes participantes, principalmente os do interior, sofrem
com grandes dificuldades financeiras para manter o pagamento dos seus
jogadores, além de gastarem uma grande quantia com os deslocamentos para
as viagens. O descontentamento por conta do atraso levou os times a
ameaçarem protestos, que envolveria o atraso de até 20 minutos nas
partidas. “É inegável que sem o apoio financeiro e logístico do Governo
do Estado ficaria muito difícil para os times do interior participarem e
a gente espera que este compromisso seja honrado. Estamos desde janeiro
mantendo a estrutura do clube sem repasse da cota de patrocínio e este
recurso é contado para mantermos inclusive a folha salarial dos
atletas”, conclui Nerivaldo César, presidente do São Francisco.
Fonte: RG 15/O Impacto