quarta-feira, 23 de março de 2016

Fim do calote: Banpará garante repasse de patrocínio para clubes paraenses


Clubes de Santarém já ameaçavam protestar atrasando partidas no Colosso do Tapajós


Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém
Estádio Colosso do Tapajós, em Santarém
Os dez clubes que disputam o Campeonato Paraense de Futebol 2016 começam a receber nesta semana, a cota de patrocínio referente ao convênio celebrado pelo governo do Estado, por meio Banco do Estado do Pará (Banpará) com a Federação Paraense (FPF).
O convênio foi assinado na última segunda-feira (21), e deve garantir aproximadamente R$ 3,5 milhões para todos os clubes na temporada: Águia de Marabá, Cametá, Independente, Paysandu, Paragominas, Parauapebas, Remo, São Francisco, São Raimundo e Tapajós. Dentre desse valor, o banco repassará R$ 120 mil ao campeão paraense de 2015, além de um valor em dinheiro para os três melhores colocados.
Para o presidente do Banpará, Augusto Costa, a assinatura do convênio fortalece cada vez mais a sua política social de incentivo às práticas esportivas no Pará, bem como contribui fortemente com o entretenimento da população paraense. Pela Federação estiveram presentes o presidente, Adelcio Torres e o vice-presidente Maurício Bororó.
Segundo o presidente da FPF, Adelcio Torres, a parceria com o Banco demonstra o interesse que ambos possuem em valorizar cada vez o futebol paraense. “Hoje nós estamos oficializando a assinatura com o Banpará para fazer o repasse para os clubes, e acreditamos que essa parcela é de extrema importância para a realização do campeonato”, apontou.
CLUBES EM DIFICULDADES FINANCEIRAS: O Governo do Estado ainda é o maior patrocinador do campeonato paraense por meio da Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), mantenedora da TV cultura, que transmite as partidas, além do Banco do Estado, o Banpará. Com o segundo turno da competição já em andamento e sem o repasse, os clubes participantes, principalmente os do interior, sofrem com grandes dificuldades financeiras para manter o pagamento dos seus jogadores, além de gastarem uma grande quantia com os deslocamentos para as viagens. O descontentamento por conta do atraso levou os times a ameaçarem protestos, que envolveria o atraso de até 20 minutos nas partidas. “É inegável que sem o apoio financeiro e logístico do Governo do Estado ficaria muito difícil para os times do interior participarem e a gente espera que este compromisso seja honrado. Estamos desde janeiro mantendo a estrutura do clube sem repasse da cota de patrocínio e este recurso é contado para mantermos inclusive a folha salarial dos atletas”, conclui Nerivaldo César, presidente do São Francisco.
Fonte: RG 15/O Impacto