Quem entra nas dependências internas da unidade de saúde, se depara com uma verdadeira cena de guerra.
– Calamidade pública – essa e outras
expressões foram utilizadas por familiares de pacientes que procuram
atendimento no Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM). Quem entra
nas dependências internas da unidade de saúde, se depara com uma
verdadeira cena de guerra. Sem espaço nas enfermarias, é grande o número
de pacientes que são atendidos nos corredores do PSM.
“Faz três dias que a minha mãe está em
uma maca no corredor, sem colchão e sem lençol. Desta forma como os
doentes vão melhorar. A tendência é piorar. Isto é uma verdadeira
calamidade pública. Felizmente, existem profissionais que trabalham com
amor, e que atendem com muito carinho. Porém, sem estrutura alguma”,
reclama a acompanhante de uma paciente.
Outro acompanhante reclama da falta de
compromisso dos vereadores e do prefeito, e acredita que somente o
Ministério Público é que pode ajudar. “É muito sofrimento para as
pessoas doentes e para os acompanhantes, que se quer tem a disposição
uma cadeira para sentar. Faço um apelo, Socorro Ministério Público! É
muita gente sofrendo. Se a questão é falta de dinheiro, então porque o
prefeito não deixa de gastar com propaganda, para investir na saúde?”,
diz indignado João Batista, morador do bairro Área Verde.
Tanto para os pacientes, quanto aos
acompanhantes que sofrem vendo o padecimento dos seus parentes, resta
apelar para os órgãos que podem intervir na situação, e de certa forma
tentar minimizar toda essa situação.
Por Edmundo Baía Júnior