Presidente do Senado afirmou a aliados que não vê chances de Dilma retomar o poder após ter sido afastada
A avaliação foi feita pelo senador
repetidas vezes desde o desfecho da votação no Senado que sacramentou o
afastamento de Dilma, na semana passada. Para Renan, mesmo uma gestão tortuosa do presidente interino, Michel Temer (PMDB), não seria suficiente para reerguer a petista politicamente.
O presidente do Senado sempre foi visto
como o “último bastião” da governabilidade de Dilma. Ele só se afastou
da petista nos últimos capítulos do impeachment.
À derrocada da gestão petista se seguiu
uma discreta reaproximação entre Renan e Temer. Desafetos históricos
dentro do PMDB, os dois passaram a se reunir com mais frequência. Nesta
terça (17), Renan foi pela primeira vez ao Planalto para uma reunião com
Temer. O presidente interino precisará da colaboração do presidente do
Senado para aprovar medidas importantes para a economia.
A mais urgente delas, a mudança na meta fiscal,
precisa ser votada pelo Congresso até o dia 22, ou o governo será
obrigado a fazer um corte emergencial de gastos, comprometendo até o
pagamento de luz e telefone.
A mudança da meta de superavit deve ser
feita em sessão do Congresso, que só pode ser convocada por Renan, o que
deve ocorrer na próxima semana. A avaliação é que esse pequeno atraso
no calendário não chegará a afetar, na prática, o pagamento das despesas
do governo.
Fonte: Folha de São Paulo