segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sob o signo da hipertensão

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Nos  primeiros dias de governo sob o comando de Michel Temer marcaram-se por claudicâncias que, embora tópicas, não ajudam naquilo que governos precisam: confiança doméstica e credibilidade externa.
A perda de confiança foi o mais pesado componente na queda de Dilma Rousseff e se Temer não adquiri-la vai causar mais banzeiro na já revolta política nacional.
Temer precisa do suporte das classes política e empresarial, as quais, independentemente de ranços ideológicos e posições de arquibancadas, são os entes que bancam as grandes decisões nacionais. Sem isso, dificilmente Temer tira o Brasil do estaleiro, e vai ficar calafetando o barco com uma mão e tirando água com a outra.
Nesse raciocínio, Temer deveria ter avaliado melhor a redução dos ministérios, vigiando o que ocorreu quando Dilma tentou fazer e não conseguiu, sabotada pelos interesses territoriais da classe política e empresarial.
Se com Dilma deu errado, Temer não se deveria fiar que, agindo da mesma forma, conseguiria. Alguém precisa dizer a Temer que o fato de não quererem Dilma na presidência, não significa que o querem lá: ele só estava no lugar certo e na hora exata nessa oportunidade do fado, portanto, não terão piedade dele nem por um segundo e o próprio PT já avisou que não lhe dará sossego.