Chiquinho do Aeroporto Velho diz que Geraldo Bittar não fala a verdade e acionará Justiça Federal
Indignação! Essa é a palavra que revela o
sentimento de Francisco Barbosa, popularmente conhecido por ‘Chiquinho
do Aeroporto Velho’. Há pelo menos dez anos, o comunitário luta para
implementação do projeto de moradia na antiga área pertencente ao 8º
BEC, onde hoje estão sendo construídos blocos de apartamentos referente
ao Programa Minha Casa Minha Vida, que recebeu o nome de Conjunto
Residencial Moaçara.
Nesta semana, Chiquinho procurou nossa
equipe de reportagem, para relatar um possível caso de arbitrariedade em
relação aos direitos da Associação do Aeroporto, imposto pelo Núcleo de
Gerenciamento de Obras de Santarém (NGO), que tem à frente Geraldo
Bittar.
Francisco Barbosa disse que, após ouvir
uma entrevista na televisão, do Coordenador do NGO, repassando
informações sobre o perfil das pessoas que poderão realizar o cadastro
para as habitações do Moaçara, ficou indignado ao perceber que, e nenhum
momento o entrevistado mencionou, como prioridade, os cadastros que
existem na Associação do Bairro.
Segundo o líder comunitário, existe uma
portaria em que é determinado que os cadastros realizados pela
Associação de Moradores deverão ter prioridades no cadastro realizado
pela Prefeitura.
“Poucos dias atrás apareceu alguém do
governo, dando entrevista na televisão, dizendo que os apartamentos do
Residencial Moaçara eram para atender prioritariamente as pessoas que
estavam em situação de risco, entre outros. Mas eu acho que esse cidadão
desconhece a documentação que nós temos inclusive portaria federal,
onde é determinado que a preferência dos cadastros do Projeto Moaçara é
para a Associação de Moradores. A comunidade irá se reunir neste
domingo, e nós já tomamos uma providência, que é entrar com uma ação na
Justiça Federal, para reivindicar os nossos direitos, que estão
fundamentados em cima de uma luta de dez anos, toda documentada. E
nesses dez anos, a gente não pediu sequer dez centavos de um político de
Santarém. Eu quero que alguém diga, que doou uma passagem para o
movimento do Aeroporto Velho, lá da Associação de Moradores, quer o
prefeito de Santarém, hoje o Alexandre Von, que seja o Lira Maia, onde
eu o visitei muitas vezes, no gabinete dele em Brasília. O Alexandre,
por várias vezes quando eu vinha de Brasília, passava no seu gabinete em
Belém. A Maria do Carmo menos ainda. Portanto, nossa comunidade fez um
movimento próprio, eu tenho orgulho de dizer: são dez anos, eu indo e
voltando de Brasília, sustentado todas as minhas despesas, pela
comunidade do Aeroporto Velho. Então, vem um cidadão, nós não sabemos
baseado em que ele fala isso, dizer que no projeto da Moaçara,
simplesmente, os cadastros vão ser feitos assim e assado”, diz
Chiquinho.
Para o comunitário, a Prefeitura tem que
considerar a portaria que determina o direito da Associação,
priorizando os cadastrados na entidade.
“Nós vamos barrar a terceira etapa do
projeto Moaçara na Justiça, pois foi a Associação que buscou a
documentação e deu entrada no projeto. Com essa fala do representante da
Prefeitura, eu é que estou passando por mentiroso. Uma pessoa que
lutou, que prestou um trabalho à sociedade de Santarém, um trabalho de
grande relevância, hoje estou sendo tratado desta maneira. Vou procurar
os meus direitos, e os direitos da minha comunidade, perante as
autoridades. Acionaremos a Justiça Federal que com certeza tomará as
medidas necessárias para resguardar o direito conquistado com muita
luta. Então, é bom que haja respeito com o povo que lutou por seus
direitos, e que conseguiu, mas que hoje estão querendo ludibriar, estão
tentando passar por cima do direito conquistado de maneira democrática,
de maneira séria. Nós não temos nenhum processo na Justiça, nem um
inquérito instalado contra a gente, nem um B.O. na Delegacia, provando
que é um projeto sério, acompanhado e feito por uma pessoa de seriedade,
e respaldado financeiramente por um povo que não pediu nada de
ninguém”, acrescenta Francisco Barbosa.
De acordo com Chiquinho, além de acionar
a Justiça, caso seja necessário, a Associação fará manifesto em
passeatas e ocupação de prédios públicos. “Nós já realizamos uma
ocupação de dez dias na Câmara de Vereadores, e na hora que sentirmos
que nossos direitos estão ameaçados, qualquer órgão pode ser ocupado,
até mesmo o próprio Conjunto Moaçara”, concluiu o líder comunitário.
Por: Edmundo Baía Junior
Fonte: RG 15/O Impacto