Neguinho afirma que periferia de Santarém caiu no esquecimento do governo municipal
Neguinho, líder comunitário, faz a denúncia
Problemas de ordem administrativa que 
ocorrem em vários bairros da periferia de Santarém continuam sendo 
motivo de reclamação da população. Entre os locais mais críticos da 
cidade, o bairro da Matinha, localizado às margens da rodovia 
Santarém-Cuiabá (BR-163) se destaca entre os pontos com maior número de 
reclamações sobre a falta de assistência do governo municipal.
Entre os problemas apontados pelos 
moradores estão: ruas intrafegáveis; falta de conclusão da creche; 
desativação do antigo posto de saúde; falta de área de esporte e lazer, 
como a construção de uma quadra poliesportiva; aumento da violência, 
dentre outros.
O morador Aldomiro Sousa, o “Neguinho”, 
afirma que nos últimos anos algumas coisas melhoraram no bairro, porém, 
outras continuam no esquecimento. Buracos, mato e muita lama fazem parte
 de praticamente todas as ruas do bairro.
Ele reivindica que o poder público 
procure solucionar os problemas de infraestrutura do bairro. “As ruas do
 bairro da Matinha não estão boas, sei que em muitos bairros também não 
estão boas, e às vezes têm bairros que estão piores do que o nosso, mas 
queremos que eles vejam com carinho o nosso bairro também”, solicita 
Neguinho.
Sobre o problema das ruas, Neguinho 
revela que falou com o secretário Edilson Pimentel e, que ele disse que 
os trabalhos serão feitos durante a “Operação Verão” deste ano. “O que 
eu quero aqui e, que os moradores cobram muito, era pelo menos uma rua 
asfaltada na Matinha. Eu estive no Mapiri e constatei que todas as ruas 
daquele bairro estão asfaltadas, mas na Matinha não tem nenhuma. Aí eu 
faço a pergunta: será que é por que não tem Vereador aqui na Matinha? 
Com isso eu fiquei revoltado. A Matinha é um dos lugares onde os 
prefeitos ganham mais votos e não fazem praticamente nada. Os vereadores
 também só aparecem em época de campanha eleitoral, depois 
desaparecem!”, exclama Neguinho.
Além das ruas em precárias condições, o 
atraso de quatro anos na obra de uma creche, orçada em mais R$ 600 mil, 
no bairro Matinha, se tornou alvo de reclamações. Segundo os 
comunitários, a obra iniciou em 2012, mas paralisou em novembro de 2015 e
 foi reiniciada há poucos meses.
No espaço, centenas de crianças deveriam
 ser atendidas. Hoje, o serviço da creche no bairro é oferecido em um 
prédio alugado pela Prefeitura. “Começaram, pararam e recomeçaram, mas 
esse ano nós acreditamos que vai ser concluída a obra”, disse Neguinho.
Ainda de acordo com ele, a empresa 
responsável pela construção está com os serviços em pleno funcionamento.
 “Temos batido o tempo todo na mesma tecla sobre a creche, mas agora 
está sendo construída mais uma etapa. O pessoal tá trabalhando agora. O 
problema que tem é, que eu até falei com a Secretária e, quero falar com
 o Prefeito, é que aumente mais o muro, porque está sendo finalizado 
muito baixo, com apenas 1,5 metro. Esse muro deve ser no mínimo com 2,2 
metros de altura. Eu acredito que isso vai ser resolvido até setembro”, 
comentou Neguinho.
Em relação à unidade de saúde do bairro,
 os moradores ressaltam que o antigo prédio localizado às margens da 
BR-163 foi desativado, mas os serviços foram transferidos para uma 
residência alugada pela Prefeitura, onde um médico e dois enfermeiros 
fazem o atendimento às pessoas que precisam de tratamento médico. Os 
moradores informaram que o novo posto médico da Matinha funciona de 
forma improvisada e, que não consegue atender a demanda da população. Os
 comunitários acrescentaram que o local onde ficava o antigo prédio era 
de fácil acesso, por conta de várias linhas de ônibus passarem às 
proximidades e do espaço também ser maior que a atual unidade de saúde.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: RG 15/O Impacto
