A pastora secretária Heloisa Almeida diz que apagões da Celpa prejudicam trânsito em Santarém
Heloísa Almeida, titular da SMT em Santarém
O problema dos apagões ou simples
piscadelas no abastecimento de energia elétrica não tem levado prejuízos
somente às residências, queimando eletrodomésticos e aparelhos
eletrônicos, bem como até servindo negativamente para paralisar por
instantes e até horas o movimento natural de algumas empresas e
indústrias na região. Também no trânsito a falha no abastecimento gerado
pela Celpa, tem causado acidentes, alguns com vítimas fatais, por conta
dos semáforos apagados; como se não bastasse, trazendo também prejuízos
enormes aos cofres e orçamento públicos.
A secretária de Mobilidade e Trânsito de
Santarém, Heloísa Almeida, revelou ao jornal O Impacto este problema,
com ressalvas. “Não quero dizer que a Celpa tenha prejudicado o trânsito
na cidade, porém, as oscilações que a energia tem causado, nos
prejudicam bastante. Nós temos tido uma despesa extra, desde o mês de
abril em materiais, porque em muitos casos não dá para recuperar, temos
que trocar o equipamento, e nosso estoque comprado em fevereiro, já foi
gasto”, admitiu a Secretária.
NÚMEROS DO PREJUÍZO:
Perguntada por nossa equipe sobre as cifras que foram gastas por conta
das falhas no fornecimento de energia da Celpa, a secretária Heloísa de
Almeida respondeu ser impossível precisar números exatos. “De acordo com
nossas faturas que aumentaram em custo com equipamentos, em torno de 8,
10 e até 15 mil reais por mês”, citou. Pior, é que os acidentes de
trânsito que ocorrem, onde a fiação elétrica, postes e semáforos são
danificados, também contribuem para aumentar o custo com equipamentos
avariados que tem que ser trocados. Mais um dos muitos problemas que
hoje Heloisa Almeida tem que ter muita fé e paciência de Jó para poder
resolver.
COMERCIANTES E CICLOVIAS:
Um dos fatores que mais tem dividido opiniões e virou motivo de
reclamações à equipe do jornal O Impacto quase que diariamente, é a
questão das ciclovias que foram implantadas em algumas ruas da cidade.
Comerciantes reclamam que seus clientes não podem mais estacionar seus
carros para um lanche com a família, por conta das proibições nestes
locais, sujeitos até a terem seus carros guinchados. Diante desse
problema, a titular da SMT, Heloisa Almeida, respondeu: “O comerciante
tem que cuidar dentro do estabelecimento dele, a via é pública, a
necessidade é dar condições para o ciclista, é por isso que o Ministério
Público tem entrado e nos ajudado. Eles (comerciantes) estão
preocupados com o negócio, porém, existem ações que o Ministério Público
tem feito junto à Seminfra para que sejam retiradas mesas e cadeiras de
calçadas, o que não é da alçada da SMT, mas existe este problema”,
disse ela, exemplificando: “Existem casos em que o pedestre, ou passa
entre mesas e cadeiras ou vai para o meio da rua; parece que só quem tem
direito é o estabelecimento ou o usuário que tem carro”, disse a
Secretária.
A titular da SMT destacou que a mesma
reação que tem comerciantes da Travessa Silva Jardim ou outros locais de
fluxo comercial, também é sentida pelos comerciantes da Avenida Sérgio
Henn. “Mas eles têm que entender que todos nós temos nossos deveres e
direitos. O meu direito termina onde começa o do pedestre ou do
ciclista”, destacou Heloísa Almeida. “O Ministério Público hoje está
fazendo uma pressão muito grande em cima do Município, para que seja
dado o Alvará para o estabelecimento que tenha seu próprio
estacionamento, ou seja, privativo dele. Não é justo tirar o direito do
ciclista”, destacou. “Usam calçadas para colocar mesas e cadeiras e
ainda querem as ciclofaixas? É muito complicado”, finalizou a titular da
SMT, Heloísa Almeida.
Por: Carlos Cruz
Fonte: RG 15/O Impacto