“Vou pedir ajudar aos demais vereadores para aprovar um requerimento e encaminhá-lo a Assembleia Legislativa, ao Governo do Estado e ao Conselho Estadual de Educação, solicitando a manutenção do Ensino Modular no interior do estado”, informou Reginaldo Campos (PSB).
O presidente da Câmara, Reginaldo Campos (PSB), ao se manifestar na tribuna, nesta quarta-feira, 16/11, destacando a preocupação do Poder Legislativo sobre a possibilidade de extinção do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), no interior do Pará, por se tratar de uma política pública estratégica e importante, que na opinião dele, tem dado bons frutos e que precisa continuar, sendo cada vez mais fortalecida.
Reginaldo afirmou que chegou ao seu conhecimento que a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) não vai mais matricular alunos do primeiro ano do ensino modular. Com isso, dentro de dois ou três anos não haverá mais essa política de ensino no interior do estado. “Não se podemos permitir que uma política pública que vem dando certo nas comunidades, principalmente as que ficam mais distantes da sede do município se acabe de uma hora pra outra”.
A proposta da Câmara de Santarém, de acordo com Reginaldo, é que a SEDUC avalie melhor essa decisão e que possa continuar com o ensino modular. Em vez de extinguir que fortaleça as comunidades do interior do estado por meio da educação de jovens que não têm condições de estudar na cidade. O vereador acrescentou que atualmente são 44 comunidades nas regiões do Lago Grande, Tapajós, Arapiuns e no planalto atendidas pelo SOME.
Campos disse também que é contra a extinção do SOME e para ajudar na manutenção dessa política pública de educação vai pedir ajudar aos demais vereadores para aprovar um requerimento de autoria dele, que será encaminhado a Assembleia Legislativa, ao Governo do Estado e ao Conselho Estadual de Educação solicitando que medidas sejam tomadas a fim de manter e fortalecer o ensino modular no interior do estado.
Professores do SOME – Uma comissão de professores esteve reunida com o presidente da Câmara Municipal de Santarém, Reginaldo Campos (PSC), na ultima segunda-feira, 14/11, para manifestar preocupação sobre as medidas do governo estadual de extinguir o Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME).
A representante do SINTEPP, em Santarém, professora Raenilza Rodrigues, em nome da comissão disse que o principal objetivo da reunião com o presidente da Câmara foi para pedir apoio contra as ameaças que estão ocorrendo por parte do governo do estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) de extinguir o SOME, substituindo-o pelo ensino regular. “Essa é uma preocupação muito grande de todos os professores que atuam no sistema modular, pois sabemos que nem mesmo a estrutura para se praticar um ensino de qualidade ainda não foi resolvido  em 36 anos de funcionamento do SOME, e como pretende passar para outro sistema se nem esse depois de mais de três décadas ainda não foi resolvido”?
Diante dessa preocupação, a professora disse que resolveram formar uma comissão de professores, com apoio do SINTEPP para lutar pela permanência do SOME nas comunidades, porque até o momento é a única alternativa de ensino eficiente no campo. Raenilza disse ainda que o maior interesse do governo do estado em extinguir o SOME é eliminar a gratificação para o deslocamento, moradia e alimentação dos professores nas comunidades. “A desculpa do governo é reduzir gastos. Mas como reduzir gastos se o governo não investe na educação do campo e isso pode ser constado pela falta de estrutura para ministrar as aulas? Em alguns locais as aulas ainda são praticadas debaixo de árvores”, criticou.