Do 4-2-3-1 à ‘Árvore de Natal’, técnico pensa em como usar os meias

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Zé Ricardo é, por convicção, adepto do 4-1-4-1, esquema da seleção brasileira, com um volante à frente da zaga, uma linha de quatro meias — dois deles meias centrais e dois jogadores pelas pontas, seja com características de atacantes ou de armadores — por trás do centroavante. Em 2016, após a chegada de Diego, o técnico sentiu a necessidade de recuar Willian Arão para atuar mais próximo a Márcio Araújo, ficando com dois volantes e três meias, alterando o esquema para o 4-2-3-1. Ele admite partir deste desenho.
Em conversa com o GLOBO, perguntado se usaria o 4-1-4-1 com Diego e Conca como meias centrais, mais dois pontas pelos lados e Guerrero como centroavante, Zé Ricardo disse ser possível. Mas fez ressalvas.
— Diego e Conca teriam funções defensivas a cumprir. Sem a bola, se o time se equilibrar com os dois pontas e um volante, pode funcionar — disse. — É meu trabalho ajustar. É perfeitamente possível os dois jogarem juntos.
Diante dos obstáculos, a pergunta foi se a solução mais segura seria manter os dois volantes, no 4-2-3-1. Assim, na linha de três homens por trás de Guerrero, caberia a um dos dois “camisas 10” do Flamengo atuar pelo lado, embora com liberdade para, no momento ofensivo, cair pelo meio e ajudar a armação.
— Passa por aí. A princípio, ter só um homem (volante) por trás deles (Diego e Conca) pode não ser o ideal — disse Zé Ricardo.
esquema sem pontas
Mas Zé Ricardo vê outra possibilidade: alterar mais radicalmente a formação de 2016 e não usar qualquer dos externos, ou pontas. No ano passado, o time encerrou o Brasileiro com Gabriel e Éverton abertos e raramente abriu mão dos extremas.
Zé Ricardo falava sobre a necessidade de o time se agrupar, reduzindo o desgaste de Conca e Diego ao marcar.
— A ideia tem que ser essa, talvez com a utilização de mais um jogador por trás dos dois. Seria situação totalmente antagônica à que a gente joga hoje, sem a utilização dos externos — elucubrou o treinador. — Não é fácil, perde-se largura (ocupação dos lados do campo). Mas com sincronismo entre laterais e volantes de lado, pode-se equilibrar.
Conca não deverá estar à disposição para trabalhos de campo até março, pelo menos, já que vive a fase final de recuperação de cirurgia no joelho. Até receber o argentino, Zé Ricardo pensa em preparar um time moldado para que o argentino seja enxertado.
— Podemos buscar uma forma de jogar para que, quando Conca estiver 100%, possa ser inserido — afirmou.
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