( Matéria referente a cena cômica ocorrida no Estádio Colosso do Tapajós, por ocasião do jogo entre São Francisco e o time do Acre, pela Série D do brasileiro, com a entrada do Deputado Hilton Aguiar e uma galera em sua volta - kkkkkk)
A história da humanidade está cheia de puxa-sacos. Eles são parasitas que florescem a sombra de quem tem poder. “O puxa-saco não nasce, ele brota”. Você convive com pelo menos um deles em seu trabalho, porque qualquer órgão tem um puxa-saco de plantão.
O
legítimo puxa-saco transforma respeito em veneração. O que o chefe
pedir, o puxa-saco faz. E quando chefe não pede, ele se oferece para
fazer. O puxa-saco chega antes do chefe e não vai embora enquanto o
chefe não for. E gosta de mostrar uma intimidade que não existe. Na
festinha de aniversário do chefe, é ele quem puxa o coro do pique-pique.
Ele até tem uma frase reveladora: "Chefe, sem querer ser puxa-saco!”.
Se for desprezado ou criticado, o puxa-saco não se encolhe e nem
desiste. Pelo contrário, ele aumenta a dose de puxa-saquismo.
Infelizmente,
a grande maioria dos políticos, principalmente os detentores de
mandatos, adora a companhia de um assessor puxa-saco, a tradicional
figura do bajulador.
Os
políticos (salvo raríssimas exceções) adoram os puxa-sacos por serem
adeptos da pratica da bajulação. Esta figura desprezível, dentro de sua
versatilidade, consegue interpretar e conviver com a maior
tranqüilidade. Ele é servil, dedicado, submisso, esforça-se ao máximo
para agradar, submete-se a qualquer sacrifício, não tem preconceito nem
partido político, não torce por nenhum time de futebol, está sempre
disposto, é inimigo do mau-humor, não guarda rancor e ainda trata seu
ídolo de doutor.
Detentores
de mandato não buscam na grande maioria das vezes, verificar estas
figuras. Altas autoridades têm sido também vítimas passivas de
informações distorcidas, induzido-as ao erro ou a injustiça. Muitas
decisões infelizmente têm sido tomadas com base unicamente em fofocas ou
em pareceres medíocres.
O
profissional de bajulação torna-se tão versátil que, mesmo em ocasiões
de troca de poder, facilmente consegue inverter a situação a seu favor.
Não importa o vencedor do pleito. Situação ou oposição, o importante é o
poder, sua área sagrada de atuação, esteja constituído, o resto ele
sabe interpretar. Tipo camaleão transforma-se rapidamente em fervoroso
defensor da bandeira de quem esteja comandando.
Analisando
as ocorrências políticas e os fatos históricos, podemos chegar
efetivamente a triste conclusão de que este mal está vencendo os
"espaços" para o bom profissional, a valorização de servidores, o
respeito para com o cidadão simples, perde para aqueles inescrupulosos
que por pressão, chantagem ou através da fofoca acabam mesmo assumindo
posições e posições. No campo político-administrativo, parece até que
quanto mais safadeza tiver no currículo, mas chance tem de galgar altos
cargos ou altos salários.
O
certo é que o mal está vencendo, porque os filhos das trevas são
habilidosos em suas artimanhas e armações. Enquanto presenciamos de
forma angustiante, o mal proliferando. A fofoca e o puxa-saquismo são os
grandes males. Sem dúvida algumas desta “doenças” permeiam a
administração pública e ganham notável ênfase no âmbito do parlamento. A
cada dia novas ocorrências de lamentáveis casos de prejuízos em
decorrência da ação de uma fofoca, da falta de escrúpulo de um
espertalhão.
O
puxa-saco, também conhecido por lambe-botas, baba-ovo, cheira-cheira,
ou qualquer outro nome que se queira dar é aquele elemento (homem ou
mulher) que conserva o incontrolável hábito de não medir esforços para
agradar alguém, de preferência superior na hierarquia. Seu vício é pior
que a droga é capaz de moldar o corpo e a alma. Os danos em alguns casos
são irreparáveis. Funcionários são colocados em funções marginais por
conta da fofoca ou da falta de escrúpulo de um maldito puxa-saco.
Para
o puxa-saco vale tudo, o que importar é agradar o chefe. Alguns
conseguem se sobressair de tal forma que viram até mesmo autoridade.
Outros são tão apelativos que quase sempre deixam seus superiores em
situação comprometedora ou constrangedora. O preocupante é que o
puxa-saco na ânsia de ganhar a estima e atenção do chefe acaba
prejudicando seus companheiros de trabalho.
É
preciso então atenção redobrada para diagnosticar prematuramente um
vírus desta estirpe. Um puxa-saco profissional pode ser detectado à
distância. Suas características principais: acentuada flexibilidade na
coluna, pronta para concordar com tudo em forma de complemento oriental;
o excessivo derramamento de elogios, sugestões (mesmo descabidas);
sorrisos e ternura com o ser protegido, podendo ainda, em situações de
contrariedade, tornar-se agressivo na defesa de seus ídolos.
A figura do puxa-saco não é um vírus exclusivo do Executivo. O maldito tem uma carreira mais rápida no âmbito da área política. Inventam até pareceres ou normas, que via de regra não passa mesmo de quem quer vender uma imagem de austeridade, competência e zelo pela coisa pública. Tudo balela, geralmente são amadores, querendo "vender" sabedoria, mas infelizmente, tem quem "compre".
Senhor Nosso Deus de infinita bondade. Neste momento de grande turbulência, abençoais os nossos Políticos, e ao povo que convive com os puxa saco, queremos justiça, pedimos a tua proteção e a tua benção e a tua graças, aos mais humildes, perseguidos e injustiçados.
Autor: Dejair Soares
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