
A Polícia Civil, por meio da Divisão
Estadual de Narcóticos (Denarc), com apoio do Grupamento Fluvial de
Segurança Pública (Gflu) e do Comando de Operações Especiais (COE) da
PM, apreendeu 135 quilos de pedras de óxi de cocaína, na madrugada de
quarta-feira, 12, na ilha da Olaria, em Ponta de Pedras, no Marajó. A
apreensão foi em continuidade da operação Ilha Grande deflagrada para
desarticular um esquema de tráfico interestadual de drogas. Com os 270
quilos de óxi apresentados em coletiva de imprensa, no dia de ontem, no
total, a operação resultou em mais de 400 quilos de cocaína, o que
representa a maior apreensão da última década no Estado. O total de
drogas apreendidas corresponde a cerca de R$ 7 milhões em drogas
apreendidas. Ao todo, seis pessoas foram presas por envolvimento no
esquema. Outras pessoas ainda estão sendo investigadas por participação
no crime.
A nova apreensão de drogas foi
apresentada, na sede da Denarc, em coletiva de imprensa, que contou com
as presenças do delegado-geral Rilmar Firmino; do diretor de Polícia
Especializada, Silvio Maués, e do diretor da Denarc, delegado Hennison
Jacob. Foi a segunda fase da operação iniciada em maio com investigações
realizadas pela Denarc para desarticular o tráfico de drogas, vindas de
países de fronteira com o Brasil, como Colômbia, Bolívia e Paraguai, e
que entra no país pelo rio Amazonas a partir da cidade de Tabatinga no
Amazonas, de onde segue em direção ao oeste do Pará, passando por
Santarém e estreito de Óbidos, até chegar ao Marajó. O destino da droga é
Belém e região metropolitana. O delegado Hennison explica que, na
madrugada de hoje, novamente as equipes policiais retornaram à região da
ilha da Olaria que foi toda vasculhada. As drogas estavam em enterradas
no local. Conforme o policial civil, as buscas na região já encerraram.
A próxima fase da operação será voltada a prender outros envolvidos no
crime.
Segundo o delegado-geral Rilmar Firmino,
essa rota do tráfico de drogas via Tabatinga, no Amazonas, é uma rota
já bastante conhecida e que se recente de uma fiscalização mais
aprofundada por causa da desativação desde 2009, da base Candiru, que
ficava na região do estreito de Óbidos.
“Antes, as embarcações que passavam na
região eram paradas e fiscalizadas. A Polícia Federal tinha uma base
fixa no local. Mas após a desinstalação da base pela Marinha, o rio
Amazonas ficou sem fiscalização fixa”, detalha Rilmar Firmino.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Polícia Civil