Comando do 3º BPM está reivindicando o espaço para ser sede do Projeto Cidadão do Futuro
Um dos educandários mais tradicionais de
Santarém, a Escola Estadual de Ensino Fundamental Moraes Sarmento,
localizada na Avenida Cuiabá, no bairro Caranazal, em Santarém, fechou
as portas.
Pais de alunos contaram que foram pegos
de surpresa quando procuraram vagas para matricular os filhos na Escola
Moraes Sarmento e encontraram o educandário de portas fechadas. Todos
estão preocupados, pois temem que seus filhos não consigam vagas em
outras escolas e fiquem sem estudar.
Os professores da rede estadual também
dizem que ficaram surpresos com o fechamento da escola. Segundo os
professores, o prédio onde funcionava o educandário passará para a
administração do comando do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Isso mostra o descaso do governador
Simão Jatene com Santarém e região Oeste, onde na campanha para o
governo do Estado em 2014, teve uma votação muito baixa e, como
represália fechou os olhos para nossa cidade e outros municípios.
Em contato com o comandante do 3º
Batalhão de Polícia Militar de Santarém, Tenente Coronel Maués, nossa
reportagem foi informada que a Polícia Militar está pleiteando a cessão
do prédio onde funcionava a Escola Moraes Sarmento, para ser a sede do
Projeto Cidadão do Futuro, desenvolvido pela PM em Santarém.
ESCOLAS ABANDONADAS:
Todos nós somos sabedores que várias escolas da rede estadual de ensino
em Santarém estão abandonadas, sem condições de receber os alunos. Um
dos exemplos é a Escola Álvaro Adolfo da Silveira, que está com parte de
sua estrutura comprometida, sendo que recentemente uma parte do muro
que fica para o lado da Avenida Marechal Rondon caiu, quase se
transformando em tragédia, a sorte que estava no período das férias
escolares e os alunos não correram perigo de morte. Mas, com a volta do
período escolar, outra parte do muro, localizada pela Travessa 15 de
Agosto está prestes a cair. O governo do Estado até agora não tomou
nenhuma providência para contornar esse grave problema. Outra
instituição de ensino do Estado que necessita de reformas urgentes é o
Colégio Frei Ambrósio, onde no ano passado uma parte do teto desabou,
felizmente não atingindo nenhum estudante ou professor, mas necessita de
reformas urgentemente.
OUTRA ESCOLA FECHADA:
No ano de 2015 a Escola Estadual Olindo Neves, no bairro Nova República,
em Santarém, também teve suas portas fechadas. Entre os motivos para o
fechamento estava o número insuficiente de alunos e a evasão escolar.
De acordo com a 5ª URE, em 2015, pelo
baixo quantitativo de alunos, não tinha como a escola funcionar. O
presidente da Associação de Moradores do bairro Nova República, Joel
Ferreira, na época, informou que foi apresentado um relatório
definitivo, porém, a SEDUC pecou no planejamento das ações. “Obviamente é
uma perda para a comunidade, porque a construção dessa escola é uma
questão histórica. Mas a questão é que, no momento que se fecha uma
escola, as famílias perdem a oportunidade de matricular nas escolas
municipais e em outras unidades de ensino”, enfatizou Joel Ferreira
naquela ocasião.
A escola Olindo Neves foi a primeira
instituição de ensino a ser construída no bairro da Nova República. A
notícia não agradou os moradores do bairro, que disseram na ocasião que
faltou mais organização por parte da SEDUC.
DIREITOS DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO:
O vereador Valdir Matias Jr. (PV), em contato com a coluna, falou em
defesa dos direitos dos trabalhadores da educação. Professores e
gestores de escolas da rede municipal de ensino lotaram as galerias da
Câmara na semana passada para pedir apoio ao Poder Legislativo para que a
Casa interceda junto à Prefeitura, via Secretaria Municipal de Educação
(Semed), em relação aos descontos dos salários de vários profissionais.
Os descontos afetaram muitos professores e diretores que exigem a
reposição das perdas salariais, já que não houve justificava para a
redução dos vencimentos. “Por mais que a situação econômica do Município
esteja difícil não podemos aceitar retrocesso na política salarial dos
trabalhadores da educação. Houve um dano muito grande para a categoria,
que não esperava por essa redução de cerca de 50% em suas remunerações. A
Câmara, por meio da Comissão de Educação, precisa apoiar a causa dos
professores, reunir com os trabalhadores para tentar reverter esse
problema e repor essas perdas para garantir os direitos de dezenas de
pais de famílias”, destacou o líder do PV. De acordo com o artigo 7º da
Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem melhoria de sua condição social:
irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo.
SEMED DEVE EXPLICAÇÕES:
O vereador Dayan Serique (PPS) também falou sobre o desconto no salário
dos gestores das escolas municipais e também do Processo Seletivo (PS)
municipal para contração dos professores. Para o Vereador, embora tenha
acontecido alguns problemas e dificuldades o foco principal do PS foi
mantido com lisura e transparência, pois todos os critérios analisados
foram respeitados durante a escolha e contratação dos educadores. Sendo
escolhidos os mais qualificados. Dayan Serique ainda tratou do assunto
que levou os gestores de escolas municipais para o plenário do Poder
Legislativo, os descontos no pagamento dos gestores temporários das
Escolas Municipais, UMEI e Creches. “É preciso ter inteligência para
debater o assunto e saber o que de fato houve por parte da SEMED para
que essa atitude fosse tomada. Nós, vereadores, estamos aqui para sermos
parceiro e não inimigos. Temos que ouvir e debater a pauta para
encontrarmos soluções para o problema de vocês. Não cabe a Câmara
Municipal fazer o pagamento dos professores, mas sim fiscalizar” frisou.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto