O artesão ceramista, Jefferson
Paiva, neto de Izauro Sousa, saudoso ceramista da região está expondo no
Centro Cultural João Fona (CCJF) estatuetas réplicas da cerâmica
Tapajônica. São três peças que fizeram parte da coletânea de 200 peças
exibidas no 10º Salão do Artesanato, de 4 a 8 de abril, em Brasília. Na
ocasião o artista vendeu 197 unidades.
Paiva foi o único representante de
Santarém no evento que é a maior vitrine do artesanato brasileiro no
país. Dentre as peças expostas estavam estatuetas, vaso de gargalo,
vasos cariátides e igaçabas – vasos utilizados pelos índios da etnia
Tapajó para armazenar bebida -. O ceramista foi selecionado para
participar do 10º Salão pelo Programa de Artesanato Brasileiro (Pab),
através da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego
e Renda (Seaster). O Pará teve sete representantes, dentre
associações/entidades e artesãos.
A Prefeitura de Santarém, por meio da
Secretaria Municipal de Cultura (Semc), apoiou o artesão através da
Oficina e Exposição de Réplicas da Cerâmica Tapajônica que teve como
proposta fomentar e divulgar a produção da arte da cerâmica tapajônica. A
ação ensinou todo o processo de confecção das peças, desde a retirada
das impurezas da matéria-prima, a moldagem de réplicas em miniaturas, a
técnica da queimação e a pintura das peças. A oficina foi realizada em
janeiro de 2018 e a exposição nos meses de fevereiro a maio.
Paiva relatou que na exposição, as
réplicas foram admiradas pelo público que em sua grande maioria era
formado por pesquisadores de arqueologia, professores de história,
empresários da linha hoteleira, acadêmicos e estudantes de instituições.
“Ficaram todos maravilhados pelos detalhes das peças. Os visitantes se
mostraram muito interessados. Perguntaram sobre a origem das réplicas e a
etnia da produção original. Ficaram encantados em saber sobre a
existência das originais expostas em Santarém e prometeram conhecer a
Pérola do Tapajós. Fiquei muito feliz, tanto pelo interesse dos
visitantes quanto a aquisição das réplicas”, disse.
O artista destacou ainda a satisfação em
ter contribuído na visibilidade da cultura santarena na exposição e
agradeceu o apoio da Prefeitura. “O governo municipal abriu com as
atividades da Oficina e Exposição novos horizontes ao segmento artístico
histórico da cerâmica. Possibilitou a partilha e multiplicação de
saberes de raiz histórica do nosso município.”
O 10º Salão do Artesanato reuniu obras
de aproximadamente 1,5 mil profissionais de 19 unidades federativas
brasileiras. Foi organizado pela empresa Rome Eventos com apoio do
Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), vinculado à Secretaria Especial
da Micro e Pequena Empresa, da Secretaria de Governo da Presidência da
República, da Secretaria de Turismo do GDF, do Governo do Estado do
Ceará e patrocínio cultural do Banco de Brasília (BRB).
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/PMS