
O Hospital Regional do Baixo
Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), utilizou a Semana do Meio Ambiente
para apresentar iniciativas de reaproveitamento que são utilizadas na
unidade, como forma de estimular a prática na população. O hospital
realizou palestra sobre o projeto ‘‘Compostagem e Horta Orgânica’’ e
oficina de confecção de materiais recicláveis.
Em 2017, o Hospital Regional
reaproveitou 101 toneladas de lixo, sendo 66 toneladas de resíduos
sólidos e 35 toneladas de orgânicos. Toda essa quantidade seria
destinada ao aterro sanitário de Santarém, impactando o meio ambiente. A
unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência
Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Saúde
Pública do Estado do Pará (Sespa), foi o primeiro hospital público do
Brasil a obter o selo “Materiality Disclosures”, emitido pela Global Reporting Initiative (GRI).
“Com o grande volume de atendimentos que
o Hospital Regional realiza, por ser referência para cerca de 1,2
milhão de habitantes, são gerados muitos resíduos. No entanto, o
hospital tem se esforçado para absorver cada vez mais volume, para que
possa ser reaproveitado dentro da própria estrutura do hospital, com a
produção de compostagem e posterior produção de alimentos, além do uso
em produções de artesanatos”, explica o diretor-geral, Hebert Moreschi.
Para reaproveitar o lixo orgânico, o
hospital transforma o material em composto e cultiva uma horta na área
externa. O projeto “Compostagem e Horta Orgânica” foi lançado em outubro
de 2015 e ajuda a unidade a reduzir gastos com a compra de alimentos,
proporciona uma alimentação mais saudável para usuários, acompanhantes e
colaboradores, além de contribuir com o meio ambiente, reduzindo o
envio de lixo ao aterro sanitário.
O HRBA ainda conta com outros projetos
para reciclar os resíduos sólidos, como papelão, plástico, vidro e
materiais eletrônicos. O projeto “Caracol, Giro Ambiental Hospitalar” é
um deles. Tampas e frascos de medicamentos, papelões e outros materiais
são utilizados para confeccionar diversos objetos e jogos educativos,
como quebra-cabeças, cartões e agendas. Um coletor é colocado em áreas
específicas do hospital, reservado especificamente para os materiais que
podem ser reaproveitados. Após a coleta, é feita a higienização e, a
partir deste processo, surgem novos objetos dos materiais que seriam
jogados no lixo.
Por meio desse projeto, o hospital
beneficia outras instituições, como é o caso da Unidade Municipal de
Educação Infantil São Cristovão, que recebeu materiais educativos para
trabalhar com as crianças. “É fundamental essa parceria para termos a
ideia do quanto é importante preservar o meio ambiente e poder
transmitir essa consciência para a geração de amanhã, trabalhando na
escola com esses materiais que seriam descartados no lixo”, diz a
professora Franscisca Teixeira.
A Semana do Meio Ambiente foi coordenada
pelo Comitê de Sustentabilidade do hospital. “É preciso destacar essas
ações, principalmente no Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado em 5 de
junho, para que possamos despertar nas pessoas a importância da
preservação dos recursos naturais. A destinação do lixo, por exemplo, é
um grande problema da atualidade e, se não fizermos nada, a nossa
realidade será muito difícil no futuro. É necessário chamar a atenção e
mostrar que todos podem contribuir”, reflete a integrante do Comitê de
Sustentabilidade e presidente da Comissão de Gerenciamento de Resíduos e
Prevenção de Acidente com Perfurocortantes, Sheila Oliveira.
Fonte: RG 15/O Impacto e Joab Ferreira