Grande índice de criminalidade leva moradores a pedir construção do ‘Parque dos Buritis’
O aumento do índice de criminalidade em 
uma área localizada às margens da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), 
entre os bairros da Floresta, Nova República e Matinha, em Santarém, 
oeste do Pará, motivou os moradores das proximidades a pedir 
providências junto à administração municipal. Segundo eles, por conta da
 área ociosa ficar próxima a centenas de residências muitos crimes já 
foram presenciados no local.
Além de, muitas vezes, ser o local 
perfeito para a prática de consumo de drogas e, como consequência 
crimes, como assaltos, estupros e homicídios, o terreno baldio 
abandonado pode servir de criadouro para o Aedes aegypti, mosquito 
transmissor da dengue. “Já ouvi mulheres pedindo socorro aí dentro dessa
 mata. Aqui nas ruas que ficam próximas a esse terreno abandonado já 
houve muitos assaltos e também é comum a gente ver pessoas usando 
drogas, principalmente maconha. Tem também o perigo da proliferação do 
mosquito da dengue. Por isso, como morador, eu peço que a administração 
local tome providências”, reivindicou o aposentado Higino Neto.
Por conta da existência de muitas 
palmeiras da espécie Buriti no local, Higino sugere que seja construído o
 ‘Parque dos Buritis’. “É uma área muito grande e fica no meio da 
cidade. Se casso a administração se interesse a construir esse parque, 
vai servir pra toda comunidade santarena e também poderá virar um ponto 
turístico, porque o local é de fácil acesso”, comenta Higino.
Por causa do mato alto, o local está 
infestado de insetos que invadem as casas e transmitem doenças. Para 
piorar, o local acabou servindo como depósito de lixo para quem vive no 
bairro. A moradora da Floresta, Ana Paula Ribeiro, endossa que muitas 
famílias querem que a administração tire o terreno da ociosidade e 
implante o ‘Parque dos Buritis’. “Esse espaço poderá ser utilizado por 
todo mundo. Aqui perto de casa temos muitas dificuldades em encontrar 
áreas de lazer. Por isso seria muito bom ter um parque aqui perto”, diz 
Ana.
A insegurança é o maior problema para 
quem precisa conviver com o terreno. Ana Paula afirma que é comum ver 
pessoas consumindo drogas e fazendo sexo no local. “Eu vejo muito risco 
de morte para quem passa por aqui. Até ao fazer caminhada você vê 
pessoas usando drogas. Eu acho que isso é um risco. A Prefeitura deveria
 dá um jeito nesse terreno. Além de você ver drogas, você vê as pessoas 
fazendo sexo dentro da área. Isso é terrível”, conta a moradora.
Além do problema da criminalidade, Ana 
Paula diz que todos os dias precisa lavar seu quintal para tirar os 
insetos que invadem a casa. Já na sala, o problema é com a umidade 
provocada pelo terreno vizinho. Ela assevera que o culpado pela situação
 deve ser notificado pela Prefeitura.
“É rato, inseto, às vezes tem carrapato.
 Já tomei providências, mas na Prefeitura está difícil. Não tomam 
providência com o dono, se é que existe dono. Moro aqui há muito tempo 
e, até hoje não sei quem é o dono desse terreno”, aponta Ana.
RESPONSABILIDADE: Nossa
 reportagem apurou que a manutenção de lotes é de responsabilidade dos 
proprietários, mas a Prefeitura deve identificar e notificar os donos 
para que eles façam o cercamento e a limpeza das áreas. Os terrenos 
baldios estão espalhados por todo município de Santarém e os lotes 
particulares são os pontos mais críticos. “Falta bom senso dos 
proprietários. Muitas vezes nos terrenos particulares é que acontece o 
aumento da criminalidade”, reafirma Ana Paula.
Enquanto muitos ignoram a 
responsabilidade, os terrenos baldios de Santarém continuam sendo 
utilizados para práticas criminosas. A Prefeitura de Santarém esclarece 
que existe uma norma que regulamenta a fiscalização dos terrenos no 
Município. Quando a equipe da coordenação de postura encontra algum 
terreno abandonado, o dono é notificado e tem quinze dias para 
regularizar a situação. Depois desse prazo o proprietário do terreno é 
multado. A população também pode ajudar denunciando situações 
irregulares.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto