Pelo menos 99 candidatos foram
barrados com base na Lei da Ficha Limpa até esta segunda-feira, prazo
final para a Justiça Eleitoral julgar todos os pedidos de registros de
candidatura das eleições 2018 – 35% desse total, porém, mantêm suas candidaturas graças a recursos.
O Tribunal Superior Eleitoral e os
tribunais regionais eleitorais tinham até o fim de segunda para concluir
a análise de todas as 28.696 candidaturas registradas pelos partidos,
inclusive as que foram alvo de contestação. Até o momento, 94,7% dessa
meta foi cumprida.
Os partidos com o maior número de
enquadrados na Lei da Ficha Limpa são o MDB e o Podemos, com oito nomes
cada. Na sequência vêm PSD e Patriota, com sete cada um – veja abaixo a
relação, por cargos, de todos os candidatos impedidos de concorrer com
base neste critério
Em vigor desde 2010, a lei impede a
eleição de pessoas condenadas em segunda instância por crimes como
corrupção e contra a administração pública. Entre os barrados estão o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4) por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.
O petista não foi o único impedido a
disputar um cargo majoritário. A lista ainda conta com os candidatos a
governador Anthony Garotinho (PRP), que disputa no Rio de Janeiro, e
Acir Gurgacz (PDT), que concorre em Rondônia. Entretanto, ambos
conseguiram liminares que autorizam suas campanhas enquanto for possível
recorrer.
O número de impedidos, entretanto, é
muito maior. Até agora, 2.148 candidatos tiveram seus registros negados –
a maioria por ausência de requisitos legais, como problemas com o
domicílio eleitoral. Nos cálculos totais, os partidos com mais barrados
são o PRTB (143 candidatos), Democracia Cristã (130) e PSL (119).
Fonte: Portal Revista Veja