segunda-feira, 29 de abril de 2019

Índios fazem bloqueio em estrada de acesso a Belo Monte ( Indians block access road to Belo Monte )

Cento e cinquenta indígenas de seis aldeias estão bloqueando parcialmente a estrada de acesso à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingú, no centro do Pará, próxima a Altamira. O bloqueio é feito com quatro ônibus do consórcio Norte Energia, responsável pela usina.
De acordo com cacique Leo Xitaya, o bloqueio começou às 17 horas de sexta-feira (26). Segundo ele, a cada 30 minutos, carros particulares, ônibus e caminhões têm a barreira liberada. Ambulâncias têm passe livre constante. Apenas os veículos identificados com o consórcio estão com a circulação impedida.
O bloqueio ocorre devido à insatisfação dos índios com as novas empresas contratadas pela Norte Energia para executar atividades produtivas descritas no Plano Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI), estabelecido como compensação ao impacto ambiental da hidrelétrica.
Segundo Xitaya, os indígenas não foram consultados durante a contratação das empresas e desejam a volta dos antigos prestadores de serviço. De acordo com ele, apesar terem manifestado a insatisfação junto à Norte Energia não obtiveram nenhum retorno da empresa.
“Estamos cansados de ouvir promessas e eles não resolverem”, reclamou o cacique, que prevê a possibilidade de bloqueio total caso não venham a ser atendidos.
A Agência Brasil fez contato com a empresa por meio da central de atendimento da usina (0800 091 2810), mas não obteve resposta dos responsáveis ou nota da assessoria de imprensa sobre o bloqueio e o andamento do PBA-CI.
A Norte Energia é formada com o capital da estatal Eletrobrás (49,98%), mais seis empresas e dois fundos de pensão.
O ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, e o presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, visitaram em março as obras de compensação da Norte Energia em Altamira (PA). Segundo o site da Funai, a visita se deu a pedido das lideranças indígenas.
Fonte Agência Brasil
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One hundred and fifty indigenous people from six villages are partially blocking the access road to the Belo Monte Hydroelectric Power Plant, in the Xingu River Basin, in the center of Pará, near Altamira. The blockade is made with four buses of the consortium Norte Energia, responsible for the plant.

According to chief Leo Xitaya, the blockade began at 5:00 pm on Friday (26). According to him, every 30 minutes, private cars, buses and trucks have the barrier released. Ambulances have constant free pass. Only vehicles identified with the consortium are impeded.

The blockade occurs due to the Indians' dissatisfaction with the new companies contracted by Norte Energia to carry out productive activities described in the Basic Environmental Plan - Indigenous Component (PBA-CI), established as compensation for the environmental impact of the hydroelectric plant.

According to Xitaya, the natives were not consulted during the hiring of companies and want the return of the former service providers. According to him, despite having expressed their dissatisfaction with Norte Energia they did not obtain any return from the company.

"We are tired of hearing promises and they do not solve," said the cacique, who foresees the possibility of a total blockade if they are not attended to.

Agência Brasil made contact with the company through the service center of the plant (0800 091 2810), but did not receive a response from those in charge or a note from the press office about the blockade and the progress of the PBA-CI.

Norte Energia is formed with the capital of state-owned Eletrobrás (49.98%), plus six companies and two pension funds.

The Minister of the Secretary of Government, General Santos Cruz, and the president of Funai, Franklimberg de Freitas, visited the Norte Energia compensation works in Altamira (PA) in March. According to the Funai website, the visit was made at the request of indigenous leaders.