quinta-feira, 6 de maio de 2021

Consumidores revoltados com medida da Sefa que aumentou o preço da água (PQP!)

 

No entanto, apesar da revolta dos consumidores, a SEFA divulgou uma nota na qual nega que a adoção do Selo Fiscal seja o responsável pelo aumento dos preços, pois a sua atribuição às garrafas não elevaria o custo. Segundo a Secretaria de Estado da Fazenda, o selo obrigatório serve atestar que os vasilhames retornáveis contêm água mineral natural, água natural ou água adicionada de sais, com volume igual ou superior a quatro litros, ainda que provenientes de outra Unidade da Federação, conforme a Lei nº 9.084/2020.

Tal selo então, afixado no lacre do recipiente, apenas garantiria para o consumidor que o produto adquirido é proveniente de um estabelecimento envasador credenciado junto à Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde Pública (Sespa), e cadastrado junto à Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA). Sendo assim, este não seria um selo tributário, para arrecadação, mas sim sanitário, para atestar a qualidade da água. O selo de controle de qualidade então não geraria aumento, pois o seu custo de produção seria abatido do valor de ICMS a ser recolhido das empresas.

PORÉM…

A questão é que, comprovadamente, os preços aumentaram, está aí para todo mundo ver. A pergunta a se fazer agora é: quem aumentou os preços então? Foi realmente o Selo da SEFA, que acabou gerando algum custo não calculado, ou as empresas de revenda de água que, desavisadas ou não, sem saber se o selo não geraria custos ou não, que aumentaram logo por conta própria?

Enfim, o que pode ser percebido é que não houve diálogo entre ambas as partes para definir como realmente funcionará essa nova forma de garantia de qualidade, e no final, como quase sempre, o consumidor é quem está “pagando o pato”. A saída agora é que tanto SEFA quanto empresas comprovem se houve aumento ou não e quais os motivos, para que assim a população possa entender o que realmente aconteceu.

Caso o aumento venha por parte da SEFA é necessário implementar alguma saída para que o consumidor não tenha que arcar com as despesas desse novo selo. E se, caso o aumento tenha vindo por parte dos revendedores, deve ser realizada uma fiscalização para entender o porquê do aumento e uma orientação às empresas a como agir corretamente diante de tantas mudanças.

Por Thays Cunha