O TRE - Tribunal Regional Eleitoral - do Pará teve a sua instalação efetivada no dia 06/06/1945, nesta cidade de Belém, Capital do Pará, em cerimônia solene acontecida na sala das sessões do Tribunal de Apelação. Seu primeiro presidente foi o desembargador Manoel Maroja Neto, sendo vice-presidente o desembargador Curcino Loureiro da Silva. Em março de 1972, o TRE/PA funcionava em prédio cedido pelo Governo do Estado. Um casarão antigo na Rua Senador Manoel Barata, construção da última metade do século XIX, de um só piso e nitidamente destinado a ser uma simples residência. A adaptação precária acentuava esse contraste - faltavam-lhe condições de segurança, conforto e mesmo de higiene. O Governo Federal cedeu a tantos apelos, permitindo a liberação de recursos. O Governador Fernando Guilhon doou dois imóveis, à Rua João Diogo. A firma Estacon fez erguer o edifício, com 7.387,82m2 de área útil, dotado dos mais modernos requisitos de segurança de então, a partir de projeto assinado pelo arquiteto Milton Monte. A obra levou exatos 720 dias para ser concluída e consumiu Cr$ 12.320.000,00 (moeda vigente na ocasião). O seu atual presidente Desembargador João José da Silva Maroja, recebeu hoje pela manhã a visita do Vice-governador do Pará Odair Corrêa, onde conservaram sobre vários assuntos, dentre eles, o Programa Eleitor Alfabetizado, uma parceria entre o Tribunal Regional Eleitoral do Pará e Associação Alfabetização Solidária AlfaSol. A iniciativa abrangerá 10 municípios do Pará, selecionados a partir dos índices oficiais de analfabetismo. São eles: Cachoeira do Piriá, Ipixuna do Pará, Viseu, Acará, Capitão Poço, Augusto Corrêa, Rondon do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Goianésia do Pará. De acordo com o presidente do TRE-PA, Desembargador João Maroja, o programa vem para dar acesso ilimitado de bens e serviços aos que, por condições alheias, são vulneráveis as formas de desigualdades. “O analfabetismo é um dos grandes inimigos da democracia, senão o maior deles. E, por isso, um inimigo que precisamos combater sem trégua. No Estado do Pará 16,77%, ou seja, quase 17% de toda a população, são de analfabetos. Traduzido em números, cerca de 654 mil pessoas. Tivemos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 8,47% de eleitores analfabetos no último processo eleitoral. A conta final é assustadora: quase 383 mil eleitores paraenses habilitados a votar em 2008 não sabiam ler nem escrever. O mais preocupante ainda é que do total de analfabetos de todo o Estado do Pará, de acordo com o TSE, mais de 50% deles são eleitores”, esclareceu o Presidente. O Vice-governador Odair Corrêa, parabenizou a iniciativa e disse que, lamentavelmente, os analfabetos servem de massa de manobra para alguns políticos inescrupulosos que tentam a todo custo tirarem proveitos nas eleições.
Assessoria de Comunicação da Vice-governadoria.
Foto Silvio Fernandes
