segunda-feira, 13 de abril de 2009

Remo vence Papão no RExPA de número 700


Com o placar de 2X1, o Clube do Remo saiu vencedor do RExPA, que aconteceu neste domingo, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. Este foi o clássico Re-Pa mais disputado do país, válido pela semifinal do segundo turno, equivalente à Taça Estado do Pará. Quando foi anunciada, a escalação do Remo causou surpresa. San na lateral direita, Marlon na esquerda. Edinaldo no banco. Houve quem pensasse em instintos kamikases vindos do técnico Artur. No meio, um volante apenas, Beto. Três com a função de armar. Jaime, Toninho e Éliton. A ideia parecia básica. Se apenas a vitoria interessava, para que dois volantes? Escalações como a que fez Artur são enganosas. Se dá certo, se costuma dizer que o treinador deu um nó tático no adversário. Se, ao contrário, os burros vão pastar na água, surgem logo os que dizem que o técnico escalou mal o time e que foi o responsável direto pela derrota. Artur ficou no meio termo. A escalação de San e Marlon nas laterais fez com que o Remo não tivesse a menor presença de jogadas pelos flancos como é comum quando Edinaldo, por exemplo, está em campo. Por pouco o Remo pagou caro por isso. Com um minuto de partida, jogada pelo lado de San e quase Vélber destrói toda a armação tática de Artur. Sucederam-se jogadas e mais jogadas pelo lado direito do Remo. Alex Sandro, de quem a torcida bicolor já perdeu a paciência, perdeu um gol incrível, em cruzamento da esquerda. Mas assim foi. Marcelo Maciel e Helinho, a melhor opção de ataque que o Remo tem hoje, foram responsáveis pelo primeiro gol remista, num esquecimento de uma lição básica por parte da defesa do Paysandu. Não se deve dar espaço a Marcelo Maciel. Ele pode perder gols feitos, mas costuma dar passes precisos. E foi o que fez. Do lado do Paysandu, Edson Gaúcho ainda não se convenceu que Alex Sandro não está em condições de ser titular. É substituição certa. Também esquece que em clássico muitas vezes é melhor por em campo jogadores que tem plena identificação com a partida, com o peso que ela tem. Zé Augusto, por exemplo. E perder Vélber é dose demais. Rossini – por que ele ainda bate pênalti?- é um bom coadjuvante de Vélber, mas não é o criador por definição. No segundo tempo, jogo de um lado só do campo, faltou competência para o Paysandu. Quando o gol veio, já era tarde demais.