segunda-feira, 25 de maio de 2009

EDUCAÇÃO E SEGURANÇA

Jornal "O Impacto" - José Wilson Malheiros


Recentemente a imprensa divulgou que a ONU fez uma pesquisa de opinião popular no Brasil, onde pronunciaram milhões de pessoas.
Foi perguntado quais os itens mais importantes para termos uma qualidade de vida melhor no país.
O resultado não foi surpresa. A maioria dos entrevistados respondeu que estamos precisando de EDUCAÇÃO e de SEGURANÇA.
Há necessidade de se encarar e de se trabalhar na resolução ou melhoria desses problemas graves, sem fazer uso político dos mesmos, o que parece ser uma utopia, pois isso vai tradicional e inevitavelmente acontecer, mesmo.
Educação, em primeiro lugar, na família, onde os valores positivos estão precisando, e muito, serem transmitidos às novas gerações, tais como integridade, honestidade, respeito às leis, ao ser humano, aos logradouros públicos e aos animais, civilidade no trânsito, cuidado com o meio ambiente do planeta em que habitamos, melhoria da educação formal nas escolas de todos os níveis etc.
Citamos apenas o mínimo necessário, inclusive a sociedade deve começar a se preocupar com a qualidade do ensino que está sendo ministrado nas escolas, desde o jardim da infância até os cursos superiores, deve, também, procurar um meio de dar educação aos pais permissivos de todas as faixas sociais, principalmente aos supostamente mais esclarecidos da classe média alta para quem, uma leve punição aos seus rebentos rebeldes os fará ficar recalcados, mas, os tornará, com a permissividade, com certeza, maus cidadãos.
Quanto à segurança esta, como já é notório, é um item que mais necessita de providências urgentes por parte das autoridades públicas, não só do Estado como do União, também.
Ao lado dos debates sobre o que se fazer em matéria de segurança pública deveria ocorrer uma discussão mais ampla sobre as raízes da criminalidade no Brasil, e os remédios para extirpá-las.
Um dos fatores mais corriqueiros é a falta de emprego, a falta de chances para o grosso da população frequentar escolas e – vejam a conexão do tema – ter chance de ter educação nos moldes referidos linhas acima.
Pivetes, traficantes e coisas do gênero são produto da leniência e do desinteresse público pelo problema da fertilidade das mães paupérrimas, pela ineficiência do combate às drogas.
Ou seja, a ferida necrosou, ficou cheia de pus e agora está difícil de ser curada.
A população recorre, na falta do amparo estatal, à segurança paralela dos flanelinhas, das empresas de segurança, dos famosos vigias noturnos (geralmente idosos, coitados, com um mero pedaço de pau na mão, um radinho no ouvido e muito sono).
Quando é que o país, como um todo, vai começar dar a devida importância aos temas conexos da educação e da segurança?
Estamos vesgos, cegos ou indiferentes? Não é possível que os olhos da ONU, alienígenas, enxerguem mais do que os nossos.