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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CARLOS MARTINS: “MINHA CANDIDATURA PODE SURPREENDER EM 2010”

Entrevista - Jornal "O Impacto"



O deputado Carlos Martins, nesta entrevista, muito otimista e bem humorado, fala de sua provável candidatura a Deputado Federal e das tendências internas do Partido dos Trabalhadores, a seu favor. O parlamentar estadual avisa que o PT pode surpreender em 2010, com uma votação expressiva na região. E declara: “A criação do Estado do Tapajós é a principal proposta de desenvolvimento da região Oeste do Pará”. Leia a entrevista que ele concedeu à professora Edilza Fontes, em Belém:

Jornal O Impacto: Deputado, o senhor foi eleito em 2006, portanto, está em seu primeiro mandato. Não seria mais confortável tentar a reeleição, em lugar de sair candidato a Deputado Federal em 2010?
Carlos Martins: Na verdade, a discussão interna sobre as candidaturas acontece nas tendências do partido. Na tendência da qual faço parte, Unidade na Luta, a provável candidatura do deputado Paulo Rocha ao Senado, abriu um debate sobre as candidaturas a Deputado Federal e Deputado Estadual, sendo natural que os dois deputados estaduais da Tendência fossem lembrados, com oportunidades de expor suas candidaturas à Câmara Federal.
Jornal O Impacto: O senhor é natural da região Oeste do Pará, acha possível que sua pré-candidatura a Deputado Federal seja aceita em outras regiões do Estado?
Carlos Martins: Veja bem; a região Oeste do Pará é composta por cerca de 25 municípios, e possui um grande eleitorado, com potencial para eleger vários deputados estaduais e federais. Além disso, é possível ampliar a discussão para a região metropolitana de Belém, que tem a maior população do Estado e sempre acolhe todas as candidaturas. Por oportuno, lembro que obtive votos em 137 municípios do Pará.
Jornal O Impacto: O PT, pela avaliação de seu diretório, está pensando em fazer no mínimo quatro deputados federais. Para isso, o Partido necessita ter na legenda mais de meio milhão de votos, se levarmos em consideração que o provável coeficiente será de 160 mil votos. O senhor acha isso possível?
Carlos Martins: É possível, pois as candidaturas expostas até o momento possuem potencial para receberem em torno de cem mil votos cada, o que permitiria atingirmos a votação de quinhentos mil votos para a chapa proporcional do partido.
Jornal O Impacto: A provável candidatura do Deputado Federal Paulo Rocha, do PT, o mais votado pelo partido nas últimas eleições, para o Senado, não enfraquece a chapa para Federal? O PT será obrigado a fazer coligação para Deputado Federal? Com quem?
Carlos Martins: Acredito que hoje o PT tem condições de conseguir uma maior votação para a legenda, pois tem candidatos com uma trajetória política muito bem consolidada e com a possibilidade de repetir, e até mesmo ultrapassar a votação obtida pelo deputado Paulo Rocha em 2006. Além disso, é possível coligar com partidos aliados como PSB, PC do B, PSC e PP agregando uma maior votação para a nossa coligação proporcional.
Jornal O Impacto: Deputado, em todas as eleições que o PT concorreu no Pará, a Unidade na Luta, uma das correntes do PT, sempre teve candidato a Deputado Federal. Nas eleições de 2010, vai lançar dois nomes. Qual a avaliação que fez a Tendência interna petista, para lançar dois pré-candidatos ao cargo de Deputado Federal?
Carlos Martins: Esta questão ainda está em discussão na Tendência. O que tem sido evidenciado é que as candidaturas apresentadas, diferentemente do nome do deputado Paulo Rocha, não têm atuação política efetiva em todo Estado, portanto, é mais difícil obter uma votação homogênea nas regiões. Desta forma, a Tendência, modificando a estratégia, poderá apresentar duas candidaturas com forte potencial regional e com isso somar mais votos para a legenda.
Jornal O Impacto: Deputado, o senhor também é médico, como avalia a saúde pública no Estado?
Carlos Martins: A gestão do sistema de saúde deve ser compartilhada entre a União, o Estado e os municípios. A porta de entrada do sistema é a atenção básica, que deve ser de responsabilidade das secretarias municipais de saúde. A Sespa cuida da regulação, coordena o sistema e oferece serviços de maior complexidade. O Ministério da Saúde repassa recursos para o Estado e os municípios. Temos muitas dificuldades na gestão e no financiamento do sistema, o que tem determinado problemas de acesso e na qualidade dos serviços prestados. Porém, com o planejamento e controle social estamos avançando nesta política pública tão importante para a população.
Jornal O Impacto: Deputado, em sua provável campanha a Deputado Federal, quais os projetos que o senhor pretende defender em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia, principalmente para a região Oeste do Pará?
Carlos Martins: Caso assim seja decidido, continuarei atuando em prol do desenvolvimento sustentável regional, o que já venho fazendo como Deputado Estadual, tanto na participação direta com a população e outros segmentos representativos, como através de proposições concretas. Neste caso, posso citar a emenda à LDO para que na lei orçamentária seja encaminhado anexo com a regionalização das dotações orçamentárias para as regiões do Estado, que consiste, dentre outras coisas, no planejamento regionalizado para o desenvolvimento econômico e social; e na gestão adequada dos recursos naturais e a proteção ao meio ambiente. Também apresentei proposição visando a criação de agências de desenvolvimento em Santarém, voltada ao Baixo-Amazonas, e em Marabá, direcionada ao Sul e Sudeste paraenses, o que, aliás, faz parte de compromissos de campanha da governadora Ana Júlia.
Jornal O Impacto: Deputado, com certeza o debate sobre o futuro Estado do Tapajós, será pautado nas eleições de 2010. O senhor defende a criação deste novo Estado?
Carlos Martins: A criação de novos estados é um debate que será decidido no âmbito de uma discussão nacional, já que são vários os possíveis novos estados. Um aspecto que ocasiona esse sentimento de criação foi a ausência de um governo que administrasse o Pará de forma regionalizada, com aplicação de políticas públicas efetivas. A criação do Estado do Tapajós é a principal proposta de desenvolvimento da região Oeste do Pará, pois irá direcionar mais investimentos. Porém, esta questão depende do Congresso Nacional, que é onde está tramitando o Projeto de Lei que estabelece a realização de um plebiscito no Estado do Pará. Como esta decisão não depende apenas das forças políticas estaduais, apoio a proposta do atual Governo, de integração regional e ampliação dos investimentos regionais e da descentralização político-administrativa do Estado, pois desta forma haverá mais autonomia e recursos para as diferentes regiões do Pará.