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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cheia do Tapajós não deve passar de 7m

Seis meses depois de registrar a maior cheia dos últimos 50 anos na região amazônica, quando a régua fluviométrica instalada no píer da Companhia Docas do Pará (CDP) registrou o nível de 8,32 metros do rio Tapajós, a Delegacia Fluvial de Santarém anunciou que a enchente de 2010 deverá ser menor que 2009. Para este ano a previsão da Marinha é de que a enchente não ultrapasse o nível de 7 metros.
De acordo com o delegado Fluvial de Santarém, capitão Evandro Sousa, na última quarta-feira a régua fluviométrica marcou 3,18 metros, sendo que o menor nível foi registrado há menos de dois meses, quando a régua media 1,28 metro, no dia 2 de dezembro passado, porém, se for feita uma comparação da medição atual com a mesma época do ano passado, o rio Tapajós está com 1 metro a menos que em 2009.
“Esperamos que neste ano a enchente não chegue ao mesmo nível do ano passado, quando atingiu 8,32 metros, superando a cheia de 1953. Mas não podemos ter esses dados, como uma afirmação”, declarou o comandante.
Segundo ele, já existe um planejamento por parte da Marinha, para que o órgão possa atender as comunidades ribeirinhas do Oeste do Pará, na questão de ajuda humanitária, caso ocorra uma grande cheia como a de 2009. Evandro lembra que algumas pessoas perderam tudo, ficando apenas com uma muda de roupa, por isso a ajuda humanitária da Marinha é

fundamental.
Já os ribeirinhos preferem aguardar a subida das águas e não dar muito crédito às previsões da Marinha, pois segundo eles, por mais de uma vez o órgão fez previsões erradas sobre enchentes e vazantes. Para o senhor Manuel José Rego, morador da comunidade São Siríaco de Urucurituba, na região de várzea, os ribeirinhos preferem esperar o inverno (enchente), pois não acreditam em previsões feitas por homens. “Só Deus é quem pode saber se a enchente vai ser grande ou não, além dele ninguém mais é capaz de dizer”, disse o comunitário. Manuel reside numa das comunidades mais atingidas pela enchente de 2009.
Em tom de desalento, Manuel José conta que a força das águas destruiu casas, a igreja católica e a escola da comunidade. E nas paredes de madeira das residências ainda estão as marcas da enchente que encobriu portas e janelas, obrigando muitas famílias a pedirem abrigo na terra firme. (Diário do Pará)

Da redação -  SERÁ?