segunda-feira, 31 de maio de 2010

África do Sul

Tudo pronto, mas nem tudo funciona

Autoridades municipais de algumas das principais sedes da Copa da África afirmaram nesta segunda-feira que não resta mais quase nada a ser feito antes do início do Mundial, no dia 11. De acordo com os responsáveis pelos preparativos em Durban, a cidade está em compasso de espera – não existe mais nenhuma pendência importante a ser resolvida. Em Johanesburgo, a posição das autoridades é parecida: o comitê local diz que só faltam retoques finais nos locais que receberão delegações, dirigentes e torcedores. Ao mesmo tempo em que os representantes sul-africanos eram entrevistados pelas emissoras de rádio locais, porém, os moradores da maior cidade do país estavam presos num trânsito ainda mais intenso do que o de costume. Os ônibus estavam parados em função de uma greve. Parte dos trens também não circulava pelo mesmo motivo.
As paralisações convocadas pelos sindicatos, contudo, não surpreendem nem atraem grande atenção. São, afinal, uma rotina nesta cidade de quase 6 milhões de habitantes em que os carros reinam absolutos e o transporte público está longe de ser adequado às necessidades de seus moradores. As greves se intensificaram principalmente nos últimos meses – os líderes dos sindicatos aproveitam a proximidade do Mundial para tentar emplacar suas reivindicações. Ainda assim, poucos parecem se preocupar com o impacto dessas paralisações na Copa. Nas emissoras locais, o grande assunto da manhã era a notícia de que o presidente Jacob Zuma, que visita a França, estaria esperando seu 21º filho – uma de suas mulheres, justamente a que o acompanha em Paris, está grávida, diz o jornal Star.