Por: Carlos Cruz
Perseguição política muitas vezes atrapalha o trabalho do representante popular, principalmente quando a vítima em questão é um Vereador eleito por uma expressiva maioria de votos e também líder comunitário, sem falar que faz parte da base de apoio ao governo da prefeita Maria do Carmo Martins Lima. Exemplo dessa perseguição foi denunciada na tribuna da Câmara, esta semana, pelo vereador santareno Gerlande Corrêa Castro (foto). Em sessão na Câmara, o Vereador teceu severas críticas a um funcionário da Secretaria Municipal de Educação, de nome Orlando Gamboa, que atua na região do planalto santareno. As críticas redundaram na confirmação, por parte do representante popular, do que ele denominou de perseguição política.
O vereador Gerlande Castro disse lamentar esse fato, pois se considera aliado e fiel ao governo municipal, junto com o partido ao qual pertence, (PP), que faz parte da base de sustentação do governo municipal, e sempre procurou trabalhar, empenhando seu mandato, apoiando o governo Maria do Carmo em todas as oportunidades.
Apartes - O presidente da Câmara Municipal de Santarém, vereador José Maria Tapajós (PMDB); e a líder do Governo, vereadora Marcela Tolentino (PDT), em apartes ao vereador do Partido Progressista, Gerlande Castro, afirmaram não ser esta a recomendação. Atuando como algodão entre cristais, a vereadora Marcela Tolentino expôs que o governo Maria do Carmo é formado por vários partidos, entre eles o PP de Gerlande Castro, daí o interesse da administração municipal em manter a aliança, zelando pelo cumprimento do acordo político que foi feito e que continua sendo mantido.
Os parlamentares prometeram apurar a denúncia feita pelo Vereador. O incidente pode atingir proporções ainda maiores, caso o servidor da Seduc, denunciado pelo Vereador, não seja chamado à responsabilidade.
Investigação - Gerlande Castro informou à reportagem, que está entrando com um documento junto à Secretaria Municipal de Educação, para que esta possa investigar “as perseguições que são praticadas pelo assessor de planalto, Orlando Gamboa”. Gerlande afirma que “as perseguições” ocorrem, de forma que o assessor de planalto da Secretaria Municipal de Educação, em alguns casos não permitiu sequer, que os diretores das escolas fizessem a lotação de professores. “Ele mesmo fez a lotação”, afirmou.
“Como membro do Poder Legislativo, fazendo uso das prerrogativas que me são conferidas pelo Regimento Interno, e de acordo com o que estabelece o art. 35 do Regimento Interno, inciso IX, do art. 11 da Lei Orgânica do Município de Santarém, estou requerendo à Mesa Diretora da Câmara, que seja o senhor José Orlando Gamboa seja convocado, para uma reunião com os membros componentes da 3ª Comissão Permanente da Casa, que cuida sobre Educação, Cultura, Desporto e Assistência Social, a ser realizada em dia e horário marcada pela Mesa Diretora, logo após a sessão ordinária do referido dia. Tal solicitação se justifica, em face das constantes reclamações e denúncias relacionadas ao citado cidadão sobre abuso de autoridade e perseguição política na área de sua atuação, sendo, portanto, necessário em caráter de urgência a presença do assessor na referida reunião, onde visa esclarecer alguns pontos que se encontram pendentes e não repassados à opinião pública de forma clara e correta, por parte do funcionário público acima citado”, disse o Vereador.
Nossa reportagem tentou contato com a Secretária Municipal de Educação, professora Lucineide Pinheiro, mas não conseguimos encontrá-la na Secretaria.
