sexta-feira, 24 de setembro de 2010

PF prende máfia do Detran



Entre os 19 presos acusados de emissão fraudulenta de carteiras de habilitação, corrupção e outros crimes estão quatro oficiais dos Bombeiros. Quadrilha foi identificada desde 2008, mas continuava a agir em Altamira, com ramificações na capital do Estado.
Policiais federais prenderam ontem 19 pessoas que respondem a processos criminais por fraudes na emissão de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH), dentre outros serviços irregulares no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de Altamira, município localizado no oeste do Estado. Tratam-se das mesmas pessoas que foram presas na pela primeira vez durante a operação Sinal Vermelho, da Polícia Federal, ocorrida em 2008. Todos estavam respondendo processos em liberdade. As prisões resultaram de uma solicitação do Ministério Público do Estado do Pará (MPE), por meio do Grupo de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc). Três dos 22 mandados de prisão não foram cumpridos porque os acusados não foram encontrados. Os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão.
As quatro pessoas presas em Belém são oficiais do Corpo de Bombeiros: os subtenentes Jerry Emerson Menezes Arraes, 37 anos; Jorge Corrêa de Souza, 37; Edinaldo Barros Martins, 51; e o major André Luiz Novaes de Almeida, 54. O major é irmão do atual comandante da corporação, coronel Paulo Gérson. O advogado do major André, Eduardo Cardoso, disse que ainda iria tomar conhecimento do processo e que o seu cliente desconhecia o motivo da prisão.
Dois dos 15 mandados de prisão em Altamira não foram cumpridos. As 13 pessoas presas lá chegaram a Belém na tarde de ontem, em avião da Força Aérea Brasileira. Também havia um mandado de prisão em Xinguara, um em Conceição do Araguaia e outro em Medicilândia; só esse último não foi cumprido. Quase todos suspeitos são ex-servidores públicos afastados do Detran após as acusações e donos de auto-escolas, além dos militares do Corpo de Bombeiros. Eles respondem pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, falsificação ideológica, tráfico de influência e prevaricação, que consiste em retardar ou não praticar ato de ofício do funcionário público. Entre as provas, havia exames teóricos de habilitação em branco, com carimbo de aprovação; e anotações explícitas de que veículos apreendidos foram liberados em troca de favores.( Liberal On-line)

Nenhum comentário:

Postar um comentário