quarta-feira, 17 de novembro de 2010

É SÓ FECHAR OS OLHOS...

 17 de novembro de 2010

É SÓ FECHAR OS OLHOS... (Para o meu inesquecível vovô Isoca que, se vivo estivesse, completaria hoje 98 anos de idade)


Foi ele quem me ensinou a ver as horas...
Como eu queria que as horas voltassem e o tempo parasse...
Eulinha, era assim que ele me chamava.
Ele fazia da convivência diária um painel harmonioso e de rica sabedoria.
Vovô foi acima de tudo um homem bom, um leme para muitos que aprenderam com ele a andar no caminho certo.
Além da experiência de vida, ele possuía uma habilidade diplomática rara, inteligência e bondade dignas de admiração.
As minhas férias escolares de julho em Santarém ficaram marcadas em mim.
Ele fazia de tudo para me agradar.
Bananinha frita, pipoca, truques de mágica com o baralho, cinema, cantigas de ninar, conversas sobre Charlie Chaplin, missas aos domingos, Mascotinho no fim da tarde, minha valsa ao piano...
Vovô Isoca, meu grande amigo, minha mais perfeita e singela lembrança de criança, meu orgulho, minha saudade constante.
Ah... como eu queria voltar em Santarém no mês de julho e encontrar o meu vovozinho me esperando com o sorriso aberto e o abraço apertado que eu sempre ganhava.
Mas eu sei que é só fechar os olhos e ele está lá... e por alguns instantes eu consigo voltar no tempo e fazer as horas pararem.
Vovô, obrigada imensamente por tudo!
Te amo de todo o meu coração!
Tua Eulinha (Eula Gorayeb Fonseca)

Por: José Wilson Malheiros