quarta-feira, 23 de março de 2011
Ficha suja 6 x 5 Ficha limpa
Após tomar conhecimento da decisão do pleno do Supremo Federal, em um dos púlpitos do Senado, Marinor Brito- PA/PSOL proferiu palavras fortes contra a queda da ficha limpa. Dedos em riste, voz em alto volume, a senadora alternava brados de protesto e olhos lacrimejantes, enquanto cerca de dez senadores se revezavam em apartes de solidariedade. Ao final do discurso, um a um foi abraçá-la, entre eles Cristovam Buarque (PDT-DF), João Pedro (PT-AM) e Wellington Dias (PT-BA).
“A Lei da Ficha Limpa é para barrar corruptos, desonestos, para barrar os que historicamente têm deixado o povo no abandono, para barrar politicamente os que têm representado a fome, a miséria, a prostituição infanto-juvenil, os que têm respondido pelo trabalho escravo”, discursou Marinor, com o microfone da tribuna a revelá-la ofegante quando passava a palavra a algum colega.
Acomodados nas cadeiras azuis reservadas aos senadores, três deputados do Psol correram para prestar amparo moral à senadora em plenário: o líder do partido naquela Casa, Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Jean Willis (RJ). Ou seja, toda a bancada da legenda na Câmara nesta legislatura. Mas, até por imposição do regimento interno do Senado, eles não resolveram discursar ou pedir apartes.
“Nós queremos ver fortalecida a democracia direta neste país, queremos ter um Judiciário transparente, queremos ver – e talvez vejamos agora, meu companheiro Jean – varridos da política brasileira – os corruptos como Jader Barbalho. Queremos ver varridos da política brasileira os Roriz da vida, os Malufs da vida e muitos outros que contribuíram para matar o sonho de milhares e milhares de crianças alguns anos atrás”, vociferou a senadora, antes de sair para falar com a imprensa, quando disse que o processo de limpeza na política está apenas no início com a Ficha Limpa.
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