quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Mais ingrisilhas por ai...

Greve de policiais ameaça atingir outros nove estados. Governo quer aprovar lei que restringe direito de greve


Por conta  da greve dos PMs na Bahia e a possibilidade de paralisações de policiais atingirem pelo menos outros nove Estados, a presidente Dilma Rousseff (acima) pretende fazer tramitar no Congresso projeto de lei que disciplina o direito de greve de servidores públicos e exige que o governo seja comunicado com antecedência mínima de 72 horas na paralisação de atividades "inadiáveis de interesse público".

O projeto de lei de restrição ao direito de greve foi preparado pela Advocacia-Geral da União em 2007, mas parou na Casa Civil, que, então comandada por Dilma Rousseff, não levou a proposta adiante.
O projeto de lei preparado em 2007 prevê que a deflagração de greves de servidores públicos seja aprovada por pelo menos dois terços da categoria. Hoje, na Bahia, a paralisação é liderada por uma associação que só representa 2 mil dos 32 mil PMs. E a assembleia da categoria só poderá ser convocada dez dias após o envio da pauta de reivindicações à autoridade competente.
O texto inclui segurança pública entre os 19 serviços considerados "inadiáveis de interesse público", em que o estado de greve deverá ser declarado com antecedência mínima maior, de 72 horas. E a proposta limita a paralisação a 40% dos servidores de um órgão.
A sindicalização e greve de militares são proibidas pela Constituição. Mas os governos costumam evitar recorrer à Justiça para garantir o retorno de grevistas. Assim, acabam reconhecendo e "legitimando" um movimento que pelo Código Penal Militar recebe o nome de "motim" e é punido com pena de reclusão de de até quatro anos.