Câmara dos Deputados vota, enfim, novo Código Florestal nesta terça, 06
Na próxima semana haverá choro e ranger de dentes no Congresso Nacional.
Terça-feira (6), vai a voto, desta vez de forma definitiva, o novo
Código Florestal Brasileiro. "Bichos-grilos" de todas as plumagens e
formatos estão ameaçando fazer greve de fome, e deixar de comer o farelo
de soja que consomem, por conta da limada que suas ideias estapafúrdias
levaram dos relatores originais Aldo Rebelo (PCdoB/SP) e Tião Miranda
(PT/AC), na Câmara e no Senado, respectivamente.
Hoje relatado pelo deputado Paulo Piau (quem disse que nome não é
destino?), do PMDB de Minas Gerais, o novo CFB é um marco relevante na
equalização entre a necessária proteção ao meio ambiente e o
indispensável desenvolvimento econômico.
Para dar apenas um exemplo das estultícies de alguns "ambientalistas",
caso fosse ampliada a restrição ao plantio às margens de rios, córregos e
igarapés, teríamos uma das maiores retrações na produção de arro. Coisa
de 67% da produção nacional. Como ficariam os "come-folhas" sem o
arroz, item que consideram essencial a sua dieta?
Segundo a Agência Brasil, o relator comentado a promessa de
manifestações em todo o país pedindo que a presidente Dilma vete o
projeto, caso ele seja aprovado, disse que "é uma posição política e não
acredita que a pressão dê resultados". Ele também não deve mexer no
texto para atender aos parlamentares do Amapá sobre a redução das
reservas legais em terras indígenas no estado.
Caso os deputados suprimam alguns dispositivos ou mantenham
integralmente o texto enviado pelo Senado, a matéria terá votação
conclusiva na Câmara e será encaminhada, na sequência, para sanção
presidencial.