sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

GOVERNO JATENE ESTÁ AUSENTE DE SANTARÉM

Carlos Martins faz duras críticas ao governo de Simão Jatene

Carlos Martins faz duras críticas ao governo de Simão Jatene
Carlos Martins faz duras críticas ao governo de Simão Jatene
Na condição de presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), de Santarém, o médico e ex-deputado estadual Carlos Martins estava presente na solenidade de diplomação dos vereadores eleitos, na quarta-feira passada, no plenário da Câmara Municipal de Santarém. Segundo ele mesmo explicou a equipe do jornal O Impacto, para prestigiar a diplomação das duas vereadoras do PT, Ivete Bastos e Ana Elvira Alho. Na oportunidade, ele esclareceu à nossa equipe alguns entraves que podem ter surgido, depois da derrota da candidata Lucineide Pinheiro à prefeitura de Santarém. Confira:
Jornal O Impacto: Como o senhor analisa o PT depois das eleições, onde a candidata do partido não conseguiu ser eleita?
Carlos Martins: O PT vai ser mais atuante na Câmara Municipal, com as vereadoras Ana Elvira e Ivete Bastos, que se reelegeu. Estaremos nesse momento atuando, no sentido de continuar fazendo com que o Partido dos Trabalhadores participe das políticas públicas em Santarém e possa estar ajudando, mesmo na oposição, ao desenvolvimento econômico social de Santarém, para que nós possamos ter uma cidade cada vez melhor, e que junto com o novo governo possamos ter o diálogo necessário, o entendimento com respeito, para que a população sempre saia ganhando. Pois acima de interesses partidários está o interesse coletivo, da população de Santarém.
Jornal O Impacto: Como é que o Partido dos Trabalhadores (PT) sai dessas eleições, depois da candidata Lucineide ser derrotada?
Carlos Martins: Nós avaliamos que durante oito anos apresentamos um projeto para Santarém, de desenvolvimento econômico e social, de melhorias da qualidade de vida, onde nós tivemos grandes avanços e conquistas, mas também reconhecemos que ainda temos em Santarém muito do que precisa ser feito para melhorar cada vez mais a vida em nossa cidade, em vários setores.
Jornal O Impacto: Então, o senhor que é petista, espera que este novo governo de Alexandre Von (PSDB), dê continuidade ao que já foi realizado?
Carlos Martins: Com certeza, e que os avanços que já foram feitos, que sejam possíveis dar continuidade e que novas conquistas sejam conseguidas através do novo governo. E nós (PT), mesmo na oposição, estaremos fazendo todo o possível para ajudar na construção de uma cidade cada vez melhor.
Jornal O Impacto: A aliança entre o PT e o PMDB foi construtiva ou prejudicou o Partido dos Trabalhadores em Santarém?
Carlos Martins: O PMDB continua sendo nosso partido prioritário em termos de aliança política, não só aqui no município de Santarém, como também no Estado e a nível nacional. Nós teremos daqui a dois anos eleições nacionais, queremos dar continuidade ao projeto da nossa presidente Dilma Roussef, com o PMDB como vice, e queremos que isso possa se dar em todos os município de nosso País. Aqui em Santarém, particularmente, que nós tenhamos um bom diálogo entre o PT e o PMDB, para que possamos construir uma candidatura em 2014 para o governo do Estado do Pará.
Jornal O Impacto: Como será feita a oposição ao PSDB, ao governo Alexandre Von?
Carlos Martins: Nós temos até como uma forma regimental, dentro de nossas decisões partidárias, de que o nosso projeto é diferente do projeto do PSDB, que é um projeto neo liberal, um projeto que busca o econômico, mas às vezes deixa o social em segundo plano, e que nós não concordamos com isso.
Jornal O Impacto: Como o senhor explica essa afirmação?
Carlos Martins: Nós queremos que as riquezas de nosso Estado do Pará e dos municípios, possam reverter em melhoria da qualidade de vida para toda a população, dando oportunidades para todas as pessoas, de todas as classes sociais, então, nós do PT queremos governar sempre para todos. Sem dúvida o governo do PSDB a nível nacional, na época do presidente Fernando Henrique Cardoso ficou claramente colocado como um partido, um governo que se preocupava muito com a questão econômica e de certa forma deixou a questão social em segundo plano, esta é a grande diferença do governo do presidente Lula e agora da presidenta Dilma Roussef. Nós (PT) estamos colocando a questão social sempre como prioridade. Nós queremos distribuir melhor a renda, diminuir as injustiças sociais do País em nossa região, em nosso Estado. Para isso precisamos de partidos fortes, mobilizados, organizados, enraizados em toda a sociedade. É isso que nós vamos procurar construir no PT em Santarém.
Jornal O Impacto: Na época em que o PT estava no governo municipal, (Governo Maria do Carmo), o PSDB, através do governador Jatene, em sua opinião, chegou a discriminar o município de Santarém?
Carlos Martins: Nós achamos que esse diálogo entre os entes governamentais do Município e Estado precisa se pautar sempre no interesse público, então, muitas vezes nós avaliamos que o governo do Estado não vê os municípios da nossa região como municípios que precisam do apoio do Governo do Estado na questão financeira, técnica, social, e muitas das vezes não investem adequadamente em nossa região. Nós não concordamos com isso, por isso que aqui na nossa região nós temos que buscar um diálogo para nossa autonomia, nossa independência, através da criação do Estado do Tapajós. Porque os governos, de um modo geral, têm sido muito egoístas com a região Oeste do Pará.
Jornal O Impacto: Então, quer dizer que o Governo Jatene não tem dado apoio necessário à nossa região?
Carlos Martins: O governo do Estado tem sido muitas das vezes ausente em nossa região. É um governo que infelizmente ainda não justificou toda a votação que teve aqui, quando a população da nossa região votou maciçamente em Simão Jatene naquele momento, e ainda não vimos aqui investimentos adequados, na área de educação, saúde, infra-estrutura, segurança pública, na questão da água em Santarém. Infelizmente ainda estamos aguardando políticas mais concretas nesse sentido. Vemos muita apresentação de projetos, de propostas, mas resultados, ainda muito pouco.
Por: Impacto/Blog do Colares