quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Bernadete lider do PT na ALEPA

DEPUTADA BERNADETE ASSUME LIDERANÇA DO PT NA ALEPA

A deputada Bernadete ten Caten foi eleita na última sexta-feira, dia 1º de fevereiro, a líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Entre suas metas de trabalho está o fortalecimento da legenda e dar maior visibilidade às ações parlamentares junto à população.
“Vamos sentar e discutir todas as ações da legenda, fazendo um trabalho unificado, fortalecendo o partido e, consequentemente, com mais força para lutar em prol da comunidade”.
A deputada fica à frente da bancada até 2014 quando encerra a atual legislatura.
Bernadete discursa como líder do PT na Alepa
Coube à deputada Bernadete ten Caten, líder eleita do PT na última sexta-feira, falar em nome da bancada acerca do discurso feito pelo governado Simão Jatene na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa (Alepa) em 2013. Inicialmente, ela cumprimentou as autoridades presentes e frisou quanto à necessidade urgente de haver mudanças no regimento interno da Assembleia, tendo em vista que os cinco minutos que lhe foram dados, seriam insuficientes para poder comentar tudo o que o governador falou.
Contudo, como Bernadete está acostumada a encarar desafios, com muita propriedade, depois de parabenizar o mandatário do Estado por sua explanação, disse haver controvérsias em relação aos números por ele apresentados no momento em que recebeu o governo das mãos da ex-governadora Ana Júlia Carepa, do PT, que deixou em caixa mais de R$ 50 milhões.
Disse ainda Bernadete, que o governo federal, que é do PT, vem fazendo muito bem sua parte no que tange à liberação de recursos para investimentos no Estado do Pará, como por exemplo, através do Proinvest, que é um programa voltado para distribuição de recursos em obras de desenvolvimento. Lembrou, ainda, que somente no ano passado, foram liberados 5 bilhões e 12 milhões de reais e que, nesse mesmo período, o qual seja, 2012, o Pará ficou colocando como o 13º no ranking dos maiores produtores de riquezas e em 22º, no ranking de distribuição de rendas, o que mostra, como frisou, “o grande abismo existente entre a pobreza e a riqueza no Pará, o que é injusto e ao mesmo tempo desigual”.
Para a deputada Bernadete, há a necessidade urgente que o governo do Estado promova a mudança no modelo de desenvolvimento, sobretudo na questão da exportação que ainda é bastante primária. Ela também criticou a falta de informações, na prestação de contas, sobre a questão minerária, isso levando em conta que o Pará é o segundo maior produtor de minérios do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais.
Entende a parlamentar que o Pará precisa investir mais na mineração, na pesca, na pecuária, no extrativismo, enfim, em toda a produção. Mas que não poderia deixar de destacar, por exemplo, a aprovação da taxa mineral pelos deputados estaduais no ano passado, e que o governador acabou aceitando as pressões da Vale no sentido de diminuir o imposto, tanto que deveriam entrar no Estado aportes de mais de R$ 1 bilhão e agora esse aporte ficou em apenas R$ 330 milhões.
Bernadete também destacou o Programa de Economia Solidária, que irá gerar emprego e renda para as famílias de pequenos produtores, mas frisou que há a necessidade de o governo do Estado criar a Secretaria da Mulher. “Quem sabe o governador não presenteia as mulheres no próximo dia 8 de março com a criação da Secretaria de Estado da Mulher, que ainda sofre muita discriminação e recebe salários menores que dos homens, além de necessitarem de uma série de implementos políticos que, com uma secretaria, poderiam ser viabilizados com mais rapidez e coerência”.
Ao final de sua falação, Bernadete foi cumprimentada pelo governador Simão Jatene, que se levantou de seu lugar exatamente para saldar a nova líder do PT, que também foi parabenizada por todos os seus colegas de bancada por ter sintetizado, em tão pouco tempo, o discurso de Jatene.
Além de Jatene, estavam presentes os presidentes dos tribunais de Justiça do Estado, de Contas do Estado e de Contas dos Municípios, além de segmentos da indústria e da sociedade como um todo.