Um dos marcos na luta pelo fim da pesca predatória com bombas no Lago do Mapiri e do Papucu.
Um dos marcos na luta pelo fim da pesca
predatória com bombas no Lago do Mapiri e do Papucu, em Santarém, oeste
do Pará, a torre de vigilância ambiental da área amarga as consequências
do abandono. Segundo moradores, pescadores e frequentadores da praia, o
local foi fechado há mais de três anos e desde então não tem recebido
nenhum tipo de manutenção, virando alvo do vandalismo de pessoas que
utilizam o local para o consumo de bebida e drogas, além da
prostituição. As marcas do uso indevido podem ser observadas nas janelas
quebradas e telhas arrancadas. Para ter acesso a torre é preciso
escalar o corrimão, porque os degraus da escada também já foram levados.
Localizada às margens do Lago do Mapiri,
já na praia do Maracanã, a torre de vigilância foi inaugurada ainda nos
anos 2000, durante a gestão do ex-prefeito Lira Maia. Sob a
responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA) com o apoio do poder público municipal, no
auge de sua atuação, ela chegou a contar com oito funcionários que se
revezavam no plantão, com o apoio de uma embarcação, do tipo “voadeira”,
movida a motor com estrutura e casco de metal. Além da pesca
predatória, as queimadas na vegetação também eram monitoradas e
combatidas.
“A gente achava muito bom quando tinha
vigia aí, porque passava um pouco mais de segurança. A presença dos
vigilantes acabou com as bombas que eram usadas nas pescarias.
Infelizmente, a torre foi desativada e atualmente serve de ponto de
encontro para marginais. Mais de três anos aí sem ninguém trabalhando ou
dando alguma manutenção”, declara Raimundo Serrão, pescador e morador
da praia do Maracanã.