sexta-feira, 4 de março de 2016

Torre de vigilância do Mapiri é alvo de abandono e vandalismo

Um dos marcos na luta pelo fim da pesca predatória com bombas no Lago do Mapiri e do Papucu.


Torre foi fechada há três anos e está servindo para consumo de drogas e prostituição
Torre foi fechada há três anos e está servindo para consumo de drogas e prostituição
Um dos marcos na luta pelo fim da pesca predatória com bombas no Lago do Mapiri e do Papucu, em Santarém, oeste do Pará, a torre de vigilância ambiental da área amarga as consequências do abandono. Segundo moradores, pescadores e frequentadores da praia, o local foi fechado há mais de três anos e desde então não tem recebido nenhum tipo de manutenção, virando alvo do vandalismo de pessoas que utilizam o local para o consumo de bebida e drogas, além da prostituição. As marcas do uso indevido podem ser observadas nas janelas quebradas e telhas arrancadas. Para ter acesso a torre é preciso escalar o corrimão, porque os degraus da escada também já foram levados.
Localizada às margens do Lago do Mapiri, já na praia do Maracanã, a torre de vigilância foi inaugurada ainda nos anos 2000, durante a gestão do ex-prefeito Lira Maia. Sob a responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) com o apoio do poder público municipal, no auge de sua atuação, ela chegou a contar com oito funcionários que se revezavam no plantão, com o apoio de uma embarcação, do tipo “voadeira”, movida a motor com estrutura e casco de metal. Além da pesca predatória, as queimadas na vegetação também eram monitoradas e combatidas.
“A gente achava muito bom quando tinha vigia aí, porque passava um pouco mais de segurança. A presença dos vigilantes acabou com as bombas que eram usadas nas pescarias. Infelizmente, a torre foi desativada e atualmente serve de ponto de encontro para marginais. Mais de três anos aí sem ninguém trabalhando ou dando alguma manutenção”, declara Raimundo Serrão, pescador e morador da praia do Maracanã.