sexta-feira, 8 de abril de 2016

BOM LEMBRAR ( Ronaldo Campos)


Desde sua fundação, o Partido dos Trabalhadores, depois de 21 anos da Ditadura Militar (1964 a 1985), democracia nunca foi o seu desejo. Pregava a ética e a honestidade com dinheiro público. Na oposição, sem admitir legendas aliadas, apoquentava a vida dos ex-presidentes José Sarney, Itamar Franco, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso com pedidos de impeachment, fora ruidosas passeatas e incentivo à greve. No governo, há 13 anos e meio, a coisa mudou, jogou a ética e a honestidade no ralo, assaltando órgãos públicos, patrocinando, com o dinheiro da União, o Mensalão, para comprar partidos e políticos para aprovar matérias de interesse do governo no Congresso. Fazendo o mesmo com a Petrobrás, que foi assaltada até ser descoberta para financiar seu projeto de poder, que redundou, junto com pedaladas e falta de cumprimento com a lei de Responsabilidade Fiscal, no pedido de impeachment aberto na Câmara Federal, que deve ser votado na próxima semana. Agora, os petistas falam do remédio jurídico ser ilegal e um atentado à democracia, o que não é, afirmam ministros do Supremo. O tempo passa, vale a pena lembrar. Os deputados do PT, no Congresso Nacional, não votaram na eleição indireta em Tancredo Neves para presidente e nem assinaram a Constituição promulgada em 1988. Dos seus 7 deputados à época, os dois que assinaram foram expulsos do partido. Falar no que não ajudaram a construir, num momento de agonia, não deve fazer bem.