Erasmo Maia diz que Prefeitura recebeu R$ 8 milhões da Caixa Econômica Federal nesse acordo
Vereador Erasmo Maia critica mudança de agência
Revoltado com a transferência de
salários dos servidores da Prefeitura de Santarém para a Caixa Econômica
Federal, o vereador Erasmo Maia (DEM) questionou junto à administração
pública do Município uma suposta negociação para que os trabalhadores
abrissem contas-salário, no referido banco.
Em entrevista à nossa reportagem, Erasmo
Maia cobrou explicações da gestão municipal, sobre o valor de R$ 8
milhões que teria sido negociado com a Caixa Econômica, para que os
funcionários do Município passem a receber seus salários através da
instituição bancária.
De acordo com Erasmo Maia, os salários
dos funcionários municipais eram pagos através do Banco do Brasil. Ele
interroga as condições que a Caixa vai dar para o funcionário público
municipal abrir sua conta.
Segundo o Vereador, a maioria dos
funcionários da Prefeitura não foi avisada de que a abertura da conta
vai gerar uma manutenção mensal de R$ 34,00, “o que o Banco do Brasil
não cobra”. Para Erasmo, essa mudança inexplicável vem causando
constrangimentos aos funcionários públicos municipais.
“Uma vez que a Caixa não tem nenhuma
estrutura para absorver mais de 10 mil novos usuários, que ainda hoje
chegam durante a madrugada e ficam em filas, para fazer seu cadastro
junto àquele banco”, alerta.
O que o Vereador acha estranho, é que a
Prefeitura não dá opção para o funcionário se manter na conta anterior
do Banco do Brasil, “onde já existe uma relação comercial com o cliente.
Junto à Caixa, vão começar do zero”, observa.
Erasmo Maia se refere, também, ao
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais que, de acordo com ele,
“não deu uma palavra sequer sobre esse assunto e a Câmara não foi ouvida
no sentido de permitir que o Município pudesse fazer essa transferência
dos servidores”.
“Peço ao prefeito Alexandre Von que
esclareça quais foram os motivos que levaram a essa mudança e o recurso
de cerca de R$ 8 milhões, preço que foi vendida a folha de pagamento,
qual será o destino desse dinheiro, que até hoje não sabemos, para que
se possa avisar a própria sociedade do destino desse recurso
financeiro”, questiona Erasmo Maia.
Erasmo exemplifica que no município de
Itaituba, quando foi feita idêntica negociação, o recurso foi destinado a
uma obra, que foi o ginásio poliesportivo da cidade. “Aqui em Santarém,
não existe uma obra específica e não se sabe para onde vai esse
dinheiro e, na condição de Vereador, quero saber qual o destino e por
que a Caixa cobra a manutenção da conta, o que o funcionário não está
sendo avisado”, adverte.
CONTRATO: Em abril
deste ano, a Prefeitura de Santarém e a Caixa Econômica Federal firmaram
contrato de prestação de serviços financeiros, que teve por objetivo a
concessão de exclusividade na operação e gerenciamento da folha de
pagamento de servidores e agentes políticos do município de Santarém e
Secretarias, por meio da prestação, pela Caixa.
O contrato foi celebrado entre o prefeito de Santarém, Alexandre Von (PSDB); a secretária municipal de Finanças, Regina Sousa; o gerente geral da Caixa – Agência Tapajós, Marcus Veiga da Silva; e o superintendente regional, José Severino Queiroz Ribas.
O contrato foi celebrado entre o prefeito de Santarém, Alexandre Von (PSDB); a secretária municipal de Finanças, Regina Sousa; o gerente geral da Caixa – Agência Tapajós, Marcus Veiga da Silva; e o superintendente regional, José Severino Queiroz Ribas.
Após a transferência do Banco do Brasil,
centenas de servidores afirmam que vão enfrentar problemas,
principalmente nos dias de pagamento, por conta da grande demanda de
clientes da Caixa Econômica, em Santarém. Para eles, os serviços que já
não são considerados bons, devem piorar nos dias de pagamento.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: RG 15/O Impacto