ACUSADO DE ABUSAR DO ENTEADO. FELIPE HEIDERICH USARÁ TORNOZELEIRA E DEVERÁ FICAR LONGE DA VÍTIMA E DA MÃE, A PASTORA BIANCA TOLEDO
Felipe Heiderich usará tornozeleira e deverá ficar longe da vítima e
da mãe. Vítima, que tem 5 anos, é filho da pastora Bianca Toledo, mulher
do acusado.
O
pastor Felipe Garcia Heiderich, preso após acusações de abuso sexual
contra o enteado, de 5 anos, filho da pastora Bianca Toledo, responderá
em liberdade. Nesta sexta-feira (8), o juiz Paulo Cezar Vieira de
Carvalho Filho, da 17ª Vara Criminal da Capital, determinou que o pastor
fique proibido de se aproximar da mulher e da criança, além de ser
monitorado por tornozeleira eletrônica.
O juiz aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPRJ), que
solicitou as medidas cautelares. Como o MPRJ não pediu a prisão
preventiva, o acusado, que se encontrava em prisão temporária, durante a
fase de inquérito, responderá o processo em liberdade.
“Havia sido decretada a prisão temporária do acusado, que só vale
durante a fase de inquérito. A partir do momento que o Ministério
Público ofereceu a denúncia, o inquérito foi encerrado. Ressalto que o
MPRJ não pediu a prisão preventiva, mas somente medidas cautelares.
Assim, determinei o monitoramento eletrônico e que o réu fique proibido
de se aproximar da criança e da mãe”, explicou o magistrado.
Preso desde segunda
Felipe está desde segunda-feira (4) no Complexo de Gericinó, em Bangu,
na Zona Oeste do Rio. Fora da prisão ele será monitorado por
tornozeleira eletrônica e deverá se manter afastado da mulher e do
enteado.
A decisão é do juiz Paulo Cezar Vieira de Carvalho Filho, titular da 17ª
Vara Criminal da Capital, que aceitou a denúncia oferecida pelo
Ministério Público contra o pastor. “Havia sido decretada a prisão
temporária do acusado, que só vale durante a fase de inquérito. A partir
do momento que o Ministério Público ofereceu a denúncia, o inquérito
foi encerrado. Ressalto que o MPRJ não pediu a prisão preventiva, mas
somente medidas cautelares. Assim, determinei o monitoramento eletrônico
e que o réu fique proibido de se aproximar da criança e da mãe”,
explicou o magistrado.
Heiderich estava preso temporariamente e o pedido de revogação da prisão
foi requerido pelo Ministério Público. Segundo a assessoria do órgão, a
promotoria entendeu “ter sido possível obter na fase de investigação os
elementos necessários para a propor a denúncia” conta o pastor.
No mesmo requerimento, o Ministério Público propôs medidas cautelares
para preservar a vítima e sua mãe, como a proibição de contato com
ambos, manter distância física de pelo menos 250 metros deles além da
proibição de sair do Rio, devendo, inclusive, entregar à Justiça o seu
passaporte.
Esturpo de vulnerável
Segundo a 25ª promotoria de Justiça de Investigação Penal do Ministério
Público do Rio de Janeiro, Heiderich teria cometido os atos libidinosos
contra o menino diversas vezes. Ele foi denunciado por estupro de
vulnerável e, de acordo com o documento, a prática ocorreu até o dia 11
de junho deste ano.
A denúncia do promotor Luiz Otávio Lopes foi oferecida com base na
investigação da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). O MP
também requereu ao Juízo a revogação da prisão temporária do acusado,
por entender já ter sido possível obter na fase de investigação os
elementos necessários para a propor a denúncia.
O Ministério Público requereu, ainda, a aplicação de outras medidas
cautelares, como a proibição de contato do denunciado com a vítima e sua
mãe, uma distância-limite de 250 metros entre os mesmos, a proibição do
acusado de deixar a comarca e o recolhimento do seu passaporte.
O caso veio à tona quando a mulher do pastor e mãe da suposta vítima de
abuso, a também pastora Bianca Toledo, postou um vídeo nas redes sociais
em que fala sobre o caso. Com mais de 3 milhões de seguidores, Bianca
enfatizou que seu desabafo era uma forma de manter a transparência com
seu público.
"Eu descobri coisas que não queria ter descoberto, e o que eu descobri é
muito grave. Como mãe eu posso dizer que os meus últimos dias foram os
piores dias da minha vida", ressaltou a pastora.
Felipe foi preso na segunda-feira (4), em sua casa, no Recreio dos
Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, depois de ser denunciado à DCAV pela
própria mulher. Por ordem da Justiça, que decretou sua prisão
preventiva, ele foi levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em
Bangu, também na Zona Oeste. Na noite de quarta-feira, a desembargadora
Maria Sandra Kayatd, da 1ª Câmara Criminal do Rio, negou pedido de
habeas corpus feito pela defesa de Felipe.
Segundo a Polícia Civil, a pastora Bianca procurou a delegacia no dia 22
de junho para denunciar o crime. Foi instaurado inquérito e reunidas
provas que embasaram o pedido de prisão preventiva.
Na tarde desta quarta-feira (6), o advogado Leandro Meuser usou o perfil
do pastor no Facebook para afirmar que são falsas as acusações contra o
seu cliente. Segundo o defensor, “a polícia saberá investigar para ao
final esclarecer a verdade”.
Fonte: G1