Mototaxista credenciado José Raimundo da Silva questiona falta de fiscalização
José Raimundo, mototaxista credenciado
Não foi por falta de reivindicação ou
mobilização por parte dos permissionados dos serviços de mototáxi, que
não aconteceu a fiscalização. A classe por meio de seu Sindicato buscou
apoio da prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de
Mobilidade e Trânsito (SMT) para que o serviço de transporte de
passageiros clandestinos fosse combatido no Município.
Foram muitos protestos com fechamento
instantâneo de vias, reuniões diversas, e manifestações em frente da
sede da prefeitura de Santarém. Porém, o que chamou a atenção da classe,
e segundo alguns permissionados, foi a inércia na fiscalização dos
clandestinos, que já virou marca do governo Alexandre Von. Alguns
questionam a que se deve essa falta de iniciativa. Quais os interesses
estão em jogo.
Para o ex-presidente do Sindicato,
existem comentários na cidade, que no ponto de vista dele, não há
cabimento e acabam distorcendo a realidade.
“Há uma falsa ilusão, pelo fato de nós
sermos 823 permissionados pela Prefeitura, isso não se gera voto.
Acredito que isso seja uma ilusão, porque a partir da hora que você
imagina ‘Eu não vou mexer com tal setor, porque vai mexer com meu
eleitorado’, é uma falsa ilusão, que não condiz com a realidade.
Qualquer político, qualquer cidadão que tendem a vida pública, para
tentar se manter no poder, tenha esse tipo de visão, está equivocado.
Isso é o que a gente ouve bastante. Eu não vou mexer com cinco mil, com
dez mil, por conta de 823. Por isso não faz sentido se levar para este
lado”, diz o mototaxista permissionado José Raimundo da Silva.
Tanto desprezo pela categoria por parte
do poder público, fez o Sindicato da classe, acionar a Justiça com um
processo judicial contra a Prefeitura e SMT, solicitando a obrigação de
fazer, referente a efetivar a fiscalização de combate aos mototáxistas
não permissionados na cidade.