A Polícia Civil prendeu, na terça-feira
(7) em cumprimento a mandado de prisão preventiva, Ana Lúcia Magalhães,
ex-vereadora do município de Mãe do Rio, nordeste paraense. A operação
policial, denominada Iara, foi deflagrada em Mãe do Rio para cumprir
mais de 20 ordens judiciais, dentre as quais, três prisões preventivas,
de acusados de envolvimento em um esquema de corrupção. A ação policial
foi resultado de investigação realizada por policiais civis da Delegacia
de Repressão a Defraudações Públicas, unidade policial vinculada à DRCO
(Divisão de Repressão ao Crime Organizado).
O delegado Evandro Moreira, diretor da
DRCO, explica que o trabalho investigativo foi iniciado para apurar
crimes contra a administração pública de Mãe do Rio, com práticas de
corrupção e parcelamento irregular de solo urbano do município.
“Apuramos que vereadores do município teriam recebido indevidamente
lotes no Residencial Ipiranga pra aprovarem o projeto de lei de expansão
urbana de Mãe do Rio em que se inseria o citado loteamento”, explica.
Além do crime de corrupção, destaca o delegado, os sócios do loteamento
praticaram o crime de parcelamento irregular do solo, ao comercializarem
terrenos no loteamento sem possuir registro em cartório de imóveis.
Em um primeiro momento nas
investigações, a equipe de policiais civis cumpriu mandado de busca e
apreensão na sede do residencial. Na ocasião, ressalta o delegado, foi
constatado que houve o recebimento de lotes por parte de vereadores,
além de bilhetes e propostas de contrato de compra e venda de terrenos
para dissimular uma compra regular. “Foram apreendidos computadores e
outros objetos, que foram periciados”, detalha Moreira.
A segunda fase da operação, deflagrada
nesta terça, tinha como objetivo cumprir 21 mandados judiciais – três de
prisão preventiva; oito de busca e apreensão e dez de condução
coercitiva. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Cristiano
Magalhães Gomes, titular da Comarca de Mãe do Rio. “Várias testemunhas e
investigados prestaram depoimento à Polícia Civil e também apreendemos
vários elementos de prova”, explica o delegado. Dos três mandados de
prisão, foi cumprido apenas o contra Ana Lúcia Magalhães, mais conhecida
como Ana do Povão, que até o fim de 2016 exercia a função de vereadora
na Câmara Municipal de Mãe do Rio.
Os outros dois acusados continuam
foragidos. As investigações foram presididas pelo delegado Carlos
Vieira, da Delegacia de Combate a Defraudações Públicas. A operação
contou com a participação de integrantes das delegacias que compõe a
DRCO, além da DRFR (Divisão de Repressão a Furtos e Roubos), do Serviço
de Polícia Interestadual (Polinter), da DPI (Diretoria de Polícia do
Interior), do GPE (Grupo de Pronto-Emprego), do NIP (Núcleo de
Inteligência Policial) e da Divisão de Homicídios.
Fonte: Redação ORM News p/ Blog do Colares...