
Um deles, de acordo com populares,
aconteceu por volta de 17h, do último sábado, 11, onde um idoso foi
torturado pelos assaltantes em plena via pública. Testemunhas informaram
que dois bandidos chegaram em uma motocicleta, na Avenida Tapajós,
anunciaram o assalto, bateram no velhinho e levaram tudo o que ele
tinha, como dinheiro e a carteira porta cédulas.
Por conta da falta de segurança, os dois
quiosques localizados na área do Bosque fecharam as portas. Inúmeras
pichações são vistas também por quem caminha na área do Bosque.
A moradora Áurea Lúcia dos Santos
Pedroso, proprietária de um quiosque, afirma que assaltos, venda e
consumo de drogas são frequentes no local, onde pela parte da noite a
situação piora, por causa da escuridão.
“Falta atenção por parte do governador
Simão Jatene e da Polícia, porque são muitos bandidos que ficam
amedrontando as famílias no local. Para complicar e facilitar a ação dos
marginais, à noite fica tudo escuro. Primeiramente roubaram a fiação,
no início de fevereiro deste ano. Aí o proprietário do outro quiosque
comprou fiação nova e pagou para uns eletricistas consertarem o
problema, porque se a gente for esperar pela Celpa, esse tipo de serviço
nunca é feito”, dispara Áurea Lúcia.
Duas semanas depois do conserto, segundo
ela, os bandidos tocaram fogo na fiação, no dia 21 de fevereiro último,
e deixaram o Bosque às escuras de novo. “Eu faço umas perguntas: Por
que isso? Será que é marcação? Implicância? São realmente os traficantes
e usuários de drogas?”, questiona a empresária.
Logo que aconteceu o problema, de acordo
com Lúcia, uma comissão de moradores do Laguinho procurou a Secretaria
Municipal de Infraestrutura (Seminfra), para relatar que a fiação do
Bosque estava precisando de reparos. Porém, representantes da Seminfra
falaram que não tinham verba para fazer o serviço, porque as atenções
estavam voltadas para o carnaval.
“Falaram que iam ajeitar depois do
carnaval. Isso já vai fazer um mês e não consertaram nada. O problema da
escuridão e da falta de segurança continua, e os dois quiosques estão
fechados. O outro proprietário já disse que vai entregar e já demitiu os
funcionários, porque está sem condições de trabalhar”, comenta Lúcia.
Para ela, o problema na fiação elétrica
já se tornou rotina. “Toda vez a gente manda ajeitar a fiação, aí vem um
espírito de porco e esculhamba tudo de novo. Esse prejuízo somos nós
que trabalhamos no Bosque que bancamos. Nessa área não tem policiamento
ostensivo e dessa forma fica fácil para os bandidos agirem”, denuncia
Lúcia.
Ela acrescenta que uma vez ou outra a
Polícia Militar vai ao local, porém, como não pega ninguém em flagrante
vai embora. “Assim que eles viram as costas os bandidos voltam ao
Bosque, especialmente para praticar crimes. À noite não tem condições
nem dos proprietários dos quiosques trabalharem e nem das pessoas usarem
o local para passear, por causa da escuridão. Aí fica o prejuízo pra
gente. Agora eu faço a pergunta: Quem vai bancar os nossos gastos com
segurança?”, interroga Lúcia.
Segundo a empresária, os bandidos
tomaram conta de um dos principais cartões postais de Santarém. “O
Bosque é um local bom para passeio, mas os bandidos tomaram conta do
local. À noite ninguém entra nele. Até a quadra não está mais
funcionando, porque as pessoas que praticavam esporte estão com medo dos
bandidos”, reitera Lúcia.
FIQUE POR DENTRO: Em
março de 2016, o jornal O Impacto publicou reportagem sobre a
insegurança no Bosque da Vera Paz. Na ocasião, os moradores se mostraram
revoltados com o descaso da segurança pública por parte do governador
Simão Jatene (PSDB) e denunciaram a venda e consumo de drogas, no
Bosque. Todos os dias, segundo os moradores, grupos de traficantes e
consumidores se reúnem em pleno local público, na frente de Santarém,
para usar e vender drogas, o que está espantando as famílias do local.
Roubos e assaltos, de acordo com o
morador Jurandir Azevedo, estão acontecendo com frequência tanto no
Bosque quanto nas ruas que ficam próximas ao local de lazer, por conta
do abandono do Estado.
“Estamos com problema de segurança. Eu
não sei se em todos os cantos da cidade está existindo isso. De uns dias
pra cá aumentou muito a questão da venda de drogas no Bosque da Vera
Paz. A gente vê jovens e até estudantes de várias faixas etárias já se
envolvendo com isso aí. Nós pedimos que as autoridades aproximem a
segurança pública no bairro do Laguinho, principalmente na área do
Bosque, que é o ponto principal”, disse Jurandir Azevedo, na época.
Além de consumidores assíduos, segundo
Jurandir Azevedo, estudantes também estão entrando na ‘onda’ das drogas,
o que gera preocupação das famílias do bairro do Laguinho. “No Bosque é
visível a questão do tráfico de drogas. Tem a venda e o consumo. Muitos
jovens estão entrando e se perdendo no vício. As famílias praticamente
já não estão mais podendo passear na área. Estamos pedindo ajuda do
poder público pra melhorar a infraestrutura e a segurança no local”,
denunciou Jurandir, na ocasião.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto