O evento iniciou com as falas das autoridades, palestra sobre a
podridão das raízes da mandioca e macaxeira proferida pelo professor
doutor da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) Carlos Ivan
Aguilar, que acredita que a participação e conhecimento dos produtores
são uma poderosa ferramenta para prevenir doenças. “Esse é um problema
muito grave com perdas significativas e que o produtor só começa a
perceber a doença com tempo e, às vezes, já é um pouco tarde e é preciso
substituir por outra variedade. Esperamos ter novas variedades e tentar
multiplicar em laboratório juntamente com a Embrapa”.
O coordenador do Niprof Eliseu Ramos explicou a origem da realização da
1ª Festa da Agricultura Familiar, festa que já era realizada no
município contemplando duas culturas. “Nos anos anteriores, essa festa
acontecia com outra denominação que era o milho e o feijão manteiguinha,
mas nós compreendemos que a macaxeira e a mandioca são a base da
agricultura familiar e, assim, incluímos estas outras culturas e
incluímos o extrativismo, os orgânicos e o nosso objetivo maior é
promover a interação”.
Ao todo, 13 comunidades, duas associações e o Instituto de Pesquisa da
Amazônia (Ipam) estiveram participando do evento. “Não há divisões
quando nós do Sindicato Rural tratamos a agricultura, um exemplo é que
nós damos a mesma importância ao produtor que planta um pé de cenoura ao
que planta 100 mil pés de cenoura. A estrada para escoamento da
produção é a mesma e essa união nos traz agregação de valores”, disse
Adriano Gabriel Maraschin.
O secretário de Agricultura e Pesca Bruno Costa frisou que as mudanças
no evento foram além da nomenclatura, tudo estudado minuciosamente
visando a qualidade dos produtos e a forma de apresentação no comércio
local. “Essa é uma feira que já vem de outros anos e, neste governo,
buscamos sempre o diálogo com as comunidades. Assim, ficou a 1ª Festa da
Agricultura Familiar e aqui demos desde a mandioca, que é muito forte
na região, e outras que conseguimos alcançar como o próprio açaí”.
A Festa envolveu as comunidades São Raimundo da Palestina, São Francisco
da Cavada, Lírio do Vale, Poço Branco, Nova Aliança, Boa Esperança,
Tiningú, Murumurutuba, Perema, J.P, Cruzeiro, Perema, Boa Fé, Jacamin,
além da Associação Flores do Tapajós, Associação de Orgânicos que
estiveram expondo seus produtos além de apresentarem danças e
representantes das respectivas comunidades no concurso de beleza.
Texto:Martha Costa – Assessora de comunicação Semap