Tão rápido quanto os
procedimentos adotados pelo Ministério Público Federal e Estadual, bem
como do Ibama, para questionar as obras da empresa Sisa/Salvação no
loteamento Buriti, às margens da Rodovia Fernando Guilhon, foram os
questionamentos realizados pelo setor produtivo local.
Como pode o MPE, MPF e Ibama acionarem a
Justiça quanto a uma obra que efetivada contribuiria com o
desenvolvimento da cidade, gerando inúmeros de empregos diretos e renda
para milhares de trabalhadores, bem como movimentaria o comércio, em
meio à mais grave crise econômica enfrentada nos últimos anos. Ao mesmo
tempo em que fazem o pleito na já sobrecarregada Justiça, quanto ao
empreendimento, fecham os olhos de forma contumaz, sobre, talvez o mais
grave crime ambiental em terras santarenas, o desmatamento na área de
invasão do Juá.
Dizem os empresários, esse sim é um
problema que a cada dia se agrava, e demonstra a parcialidade nas ações
do MP e IBAMA no Município. Que tal acionar a Justiça para obrigar o
governo do Estado a cumprir o mandado de reintegração de posse expedido
há pelo menos dois anos? Cadê os pseudo-ambientalistas que lutaram com
unhas e dentes pela paralisação da obra da Empresa Buriti, mas fecharam
os olhos e ficaram calados com a invasão do Juá?
Enquanto esses órgãos fecham os olhos
para essa problemática, as mazelas na área invadida se expandem até às
margens do lago do Juá. Esse é o mais efetivo exemplo da chamada
indústria de invasão de terra, dando forma ao crescimento urbano
desenfreado, alicerçado em todo e qualquer tipo de irregularidade, não
podendo ser de outra forma, pois tem na sua constituição um crime
ambiental. Além do crime ambiental na invasão do Juá, existe o roubo de
energia elétrica praticada à luz do dia pelos invasores.
Fonte: RG 15/O Impacto