
Vereador denuncia desrespeito do Estado à classe dos professores
O vereador Dayan Serique, em contato com
nossa reportagem, denunciou o desrespeito do Governo do Estado à classe
dos professores. O Vereador enfatizou que: “como se não bastasse a
humilhação de os professores não receberem o piso salarial da classe;
que é recorrente à não conclusão das reformas das escolas estaduais, bem
como a falta constante de professores na rede estadual de ensino, o
Governo ainda mexe no salário dos professores!”.
Dayan Serique frisa que os
vice-diretores das escolas estaduais denunciaram a ausência de 50 horas
no contracheque. Que após as denúncias, o Governo do Estado, através da
Seduc, justificou tal fato como sendo “erro no sistema”. “Isso é um erro
injustificável, uma vez que a carga horária é a mesma desde o início do
ano”, disse o Vereador.
O parlamentar santareno reitera que há
anos o Governo do Estado (Simão Jatene) tem esquecido da região oeste do
Pará e que a população paga um preço muito caro por esse descaso. Dayan
destacou, ainda, que a população necessita e quer mudança. Ele informou
que está cumprindo seu papel de porta-voz da população e registrando a
denúncia dos professores e o abandono da cidade de Santarém e da região.
MANIFESTOS: Devido ao
descaso do Estado com a classe dos professores, várias manifestações já
ocorreram em Santarém e também na capital do Estado, reivindicando
melhores condições e reajustes. Um manifesto que chamou atenção
aconteceu em maio deste ano, onde os professores se reuniram na Praça de
São Sebastião. Na ocasião, a professora Zenilda Bentes, que faz parte
do Sintepp, em contato com nossa reportagem, falou do objetivo da
paralisação, que é descaso do governo do Estado com a classe dos
professores.
“Nós estamos numa luta há muito tempo,
ou seja, desde 2016 que o governo de Simão Jatene não atualiza o Piso
Nacional, que é uma Lei para todos os trabalhadores da educação básica
do Brasil. Nós estamos com muitos problemas nas escolas, que estão sem
estrutura de funcionamento, com falta de funcionários, não tem
segurança, falta merenda escolar, as escolas pela parte da noite estão
fechando por falta de segurança, falta assistência do Estado, sendo que
os diretores estão tirando dinheiro do próprio bolso para comprar gás,
manter as questões básicas das escolas. Isso não pode acontecer. Por
isso estamos nessa luta para pressionar o governo e exigir nossos
direitos. O governo arrecada muito e todos os meses é descontado na
folha e não é pouco o imposto que pagamos. Nós estamos lutando por
nossos direitos, exercendo nossa cidadania, estamos lutando por nossas
escolas e pelos alunos. Nós estamos lá e sentimos na pele a falta de
apoio e respeito que o governo tem com a educação. As escolas públicas
do Pará estão abandonadas. O governo não age, nós já ganhamos a
obrigatoriedade do governo pagar o Piso e não faz. Nós queremos
justiça”, disse a professora Zenilda Bentes naquela ocasião.
OBRAS PARADAS: Em junho
deste ano, o vereador Dayan Serique lamentou o que ele chamou de “pouco
caso” que o Governo do Estado estaria fazendo em relação a Santarém e à
região Oeste do Pará. Segundo ele, há várias obras paradas sob
promessas da administração Jatene, que depois de 10 anos teria
inaugurado a Escola Tecnológica, exemplificando que esta teria sido a
última obra do Executivo Estadual no Município.
No Oeste do Pará se aproxima mais uma
eleição ao governo do Estado, depois de ter visto de perto a reeleição
do governador Simão Jatene, que em campanha eleitoral visitou vários
municípios da região, com promessas de ações para melhorar a
infraestrutura e a qualidade de vida da população, inclusive, pregava
seu comprometimento em trabalhar de forma descentralizada. No entanto,
até agora pouco foi feito. O Governador continua a ignorar e maltratar a
população do Oeste do Pará, que foi iludida com as promessas feitas
durante a campanha eleitoral.
Em Santarém, cidade Pólo da região, não é
diferente, mesmo se tratando de um Município com mais de 300 mil
habitantes, relevante para economia do Estado, fonte futura de diversos
investimentos privados, que prometem resultar de vez no desenvolvimento
da região, o Governador faz questão de não resolver nada.
Em cada obra, as placas são obrigação
legal e é necessário ter as informações relativas ao investimento
realizado naquele projeto, citando no mínimo, o valor total da obra,
órgão a qual pertence a despesa, data de início e término, bem como a
empresa executora. As placas do governo do Estado acrescentam ainda a
frase: “O imposto que você paga está aqui”. O que poderia soar como uma
ousadia, resultado do excelente trabalho que o governo vem
desenvolvendo, vira piada daquelas de muito mau gosto. Se o dinheiro
está aqui, por que a obra se encontra paralisada?
A cada dia cresce a insatisfação da
população, que está cansada de esperar a retomada de tais investimentos.
Em Santarém é grande o número de projetos não concluídos. O Estádio
Colosso do Tapajós, Ginásio Poliesportivo, Obras da Cosanpa e reformas
em algumas escolas são exemplos da falta de zelo na utilização do
dinheiro público.
Quanto à situação das obras é a mesma
para todas, possuem como características principais: O abandono dos
canteiros de obras, empresas que não pagam os funcionários por meses,
fornecedores que levam calote, e depredação do que já havia sido
construído.
Por: Jefferson Miranda
Fonte: RG 15/O Impacto