quinta-feira, 7 de março de 2019

261 anos de Alter do Chão

Alter do Chão é distrito de Santarém do Pará, conhecido como o Caribe da Amazônia, por suas praias de beleza singular, às margens do rio Tapajós, eleita a mais bela do mundo em vários rankings, como o do jornal inglês The Guardian. Fundada no dia 6 de março de 1626 pelo português Pedro Teixeira, foi elevada à categoria de vila por Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador da capitania do Grão-Pará, durante o Brasil Colônia, no dia 6 de março de 1758. Até o século XVIII, o lugar era habitado majoritariamente pelos índios Borari. Área de Proteção Ambiental, tem cenários deslumbrantes e tradições peculiares, como o Çairé.
Os nativos de Alter do Chão têm muita personalidade e talento. Vejam só estas curiosidades locais: 
Em 1890, o governador do Estado do Pará, Justo Chermont, visitou Alter do Chão e não gostou de ver o cemitério no centro da vila. Recomendou então que, para o bem e salubridade do lugar, fosse removido para um local muito mais distante. Só que, mais de 128 anos depois, o cemitério continua no mesmíssimo lugar. 

Em 1896, um cidadão nascido e criado em Alter do Chão ganhou notoriedade na imprensa de Belém do Pará: José Frade nasceu sem os braços e apenas com dois pequenos dedos em um dos ombros, mas era sadio e robusto e com os pés exercia sua profissão de modo exímio: era sapateiro. Enfiava linha na agulha e com destreza cozia e pespontava os sapatos. Quanto aos dois pequenos dedos do ombro, usava-os apenas para o vício do fumo. Isto quem conta é o padre Sidney Canto, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, baseado nos acervos do Instituto Boanerges Sena e da Biblioteca Nacional.