Para amenizar os transtornos, a Seminfra instalou mais 4 bombas auxiliares na Avenida Tapajós
Fotografo: Reprodução

A subida do nível dos rios Tapajós e Amazonas, por conta do período chuvoso (inverno
amazônico), preocupa moradores das zonas urbana e ribeirinha de Santarém, oeste do Pará.
Devido a enchente deste ano, centenas de famílias estão desabrigadas e desalojadas
na região de rios, bem como 4 trechos de ruas foram interditados na zona urbana da
cidade, após terem sido inundados pelas águas dos dois rios.
Entre os trechos interditados estão: cruzamento da Rua Joaquim da Costa Pereira
com Avenida Tapajós, rua Benedito Guimarães com Tapajós, rua João Otaviano
com Tapajós e rua Inácio Correa com Joaquim da Costa Pereira.
Já em vias do centro comercial, passarelas de madeira foram construídas para o tráfego
de pedestres.
De acordo com a Prefeitura de Santarém, a medida se faz necessária devido a subida
do nível do rio Tapajós decorrente do ‘inverno amazônico’, período em que se
registra o maior índice de chuvas na região e que provoca o transbordamento das
canaletas e por consequência o avanço das águas para o leito da via.
Segundo a Prefeitura, 5 bombas instaladas em duas casas de bombas na orla da cidade
estão em pleno funcionamento.
️Para amenizar os transtornos, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra)
informou que instalou mais 4 bombas auxiliares na Avenida Tapajós.
Entre elas, 2 na Avenida Tapajós (próximo à 15 de Novembro), 1 próximo
à Praça do Pescador e 1 próximo a Caixa Econômica.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Após parecer técnico da Defesa Civil relatando os problemas ocasionados pela
enchente, a Prefeitura de Santarém declarou na última sexta-feira, 14, situação de
emergência, no Município.
De acordo com o Decreto Municipal de número 842/2021, a decorrência dos
eventos climáticos nas áreas de várzea, em Alter do Chão e Comunidade Ponta de
Pedras e, em comunidades ribeirinhas já atingiu diretamente 3.568 mil famílias.
Segundo o Decreto, existem cerca de 17.840 mil pessoas afetadas pela enchente
e 892 famílias desalojadas. Nessas localidades estão submersos os assoalhos,
paredes e telhados das residências, e devastados os pastos e plantações,
o que afeta a agricultura e a pecuária, prejudicando a subsistência dessas famílias.
O decreto é válido pelo prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado até completar
o máximo de 180 dias.
BOLETIM DIÁRIO
De acordo com o boletim diário da Defesa Civil, o nível do rio Tapajós atingiu,
nesta terça-feira, 18 de maio, 8,02 metros.
A Defesa Civil apontou que o nível do rio está 74 centímetros acima do mesmo
período de 2020, quando foi registrado 7,28 metros, bem como está 18 centímetros
abaixo de 2009, quando foi registrado 8,20 metros, durante a maior enchente da região.
O nível do rio Tapajós, segundo a Defesa Civil, já ultrapassou em 92 centímetros a
cota de alerta calculada em 7,10 metros.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: Portal Santarém