quinta-feira, 9 de junho de 2022

GUERRA CONTRA GARIMPOS ILEGAIS E DERRUBADA DA FLORESTA

 

Balsas são queimadas em operação contra garimpo ilegal e desmatamento na Terra Indígena Ituna Itatá, no Pará


Quatro balsas e ao menos uma máquina carregadeira foram apreendidas durante a operação de combate ao garimpo ilegal e desmatamento na Terra Indígena Ituna Itatá, no Pará.

As balsas e a máquina foram incendiadas por Agentes Federais como forma de inutilizar o material que era usado de forma irregular . A prática é permitida visto que os locais onde estavam é de difícil acesso.

A operação Donos da Terra foi deflagrada na terça-feira (7) e cumpriu quatro de seis mandados de busca e apreensão. Suspeitos também foram abordados.

Até o início da tarde desta quarta-feira (8), a Polícia Federal fazia o levantamento de maquinários apreendidos e garimpos ilegais flagrados.

Além da Polícia Federal, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Força Nacional estão envolvidos na operação na TI Ituna Itatá, que foi a terra indígena mais desmatada de 2019, segundo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Aeronaves, embarcações, viaturas além de 40 policiais foram mobilizados para ir até a terra, que fica nas cidades de Altamira e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará. A operação integra a Operação Guardiões do Bioma.

Desmatamento na TI Ituna Itatá

Entre 2018 e 2019, a TI Ituna Itatá teve 119,92 km² desmatados, sendo a mais desmatada do país naquele período, segundo o Inpe.

De acordo com a Polícia Federal, em nota, “boa parte do desmatamento é resultado da extração de ouro, feita com máquinas pesadas como balsas, dragas, pás carregadeiras e escavadeiras hidráulicas, equipamentos que deixam rastro de destruição”.

Em janeiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que a Funai renovasse uma portaria de restrição de uso que protege a Terra Indígena Ituna Itatá. O pedido foi atendido por seis meses e o MPF recorreu para que haja renovação por três anos. O recurso ainda não teve resposta.

Fonte: G1 Pará

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