quinta-feira, 8 de maio de 2025

Em clássico eletrizante, Remo encerra jejum contra o Paysandu e abre vantagem na final do Parazão

 

Só no primeiro tempo, foram quatro gols. Na etapa final, Sávio marcou o gol da vitória azulina por 3 a 2. Além dele, Janderson e Klaus marcaram os outros gols do Remo. Pelo Paysandu, Rossi e Benítez foram os autores dos gols.

Remo e Paysandu voltam a jogar no próximo domingo, 11, às 17h no Estádio do Mangueirão pelo segundo jogo da final do Campeonato Paraense. Com a vitória, o Leão pode até empatar no segundo jogo para ser campeão paraense, algo que não acontece há dois anos. Para o Papão, é vencer por um gol de diferença para forçar os pênaltis ou vencer por dois ou mais gols para ser bicampeão direto.

Primeiro tempo

Queda de executivo e crise instalada de um lado contra uma fase de invencibilidade na temporada. O clássico Re-Pa dessa quarta-feira, 7, o primeiro da final do Campeonato Paraense, iniciou com um equilíbrio inimaginável, visto o momento oposto que Remo e Paysandu vivem em 2025.

Mas esse equilíbrio durou poucos minutos. Aos nove, Rossi mandou falta na área e coube a Leandro Vilela assustar o goleiro do Remo, com a bola indo para fora. A resposta do Remo veio no minuto seguinte.

Sávio cruzou da esquerda, Felipe Vizeu desviou na primeira trave e Janderson apareceu no segundo poste para abrir o placar. Remo um a zero!

Até aos 15 minutos, o roteiro do clássico foi único: posse de bola do Paysandu, zaga do Remo bem postada e contra-ataque – quase sempre letal – azulino.

Mas antes do Leão retornar ao campo bicolor, entrou em cena do goleiro Marcelo Rangel. Por três vezes, entre os minutos 16 e 18, o camisa 88 azulino trabalhou pesado para evitar o empate e a virada bicolor.

Pelo alto, Nicolas tentou a primeira de cabeça. Rangel fez a “ponte” para o escanteio. Na sequência, Matheus Vargas mandou do meio da rua e Rangel cedeu novo escanteio. Por fim, Vilela tentou de cabeça e mandou na rede em cima do gol.

Na volta do Remo a rotina de contra-ataque: gol! Só que antes teve um escanteio a favor do Leão. E na cobrança, Sávio colocou na cabeça de Klaus, dentro da pequena área. Remo dois a zero.

O Paysandu sentiu o baque do gol do segundo tento marcado pelo Remo, que só não marcou o terceiro na sequência porque Pedro Rocha errou o alvo e mandou para fora.

Apesar disso, o ímpeto do Remo caiu. Momento ideal para o crescimento do Paysandu. E tudo mudou a partir dos 35 minutos quando a primeira substituição do técnico Luizinho Lopes surtiu efeito.

Com oito minutos em campo após entrar na vaga de Borasi, que deixou o campo com uma lesão na coxa, Benitez foi derrubado na área por Pavani. De imediato, o árbitro Anderson Daronco, Fifa do Rio Grande do Sul, não marcou. Mas, também de imediato, o VAR Wagner Reway, Fifa de Santa Catarina, chamou e avisou da penalidade. Rossi na bola e placar diminuído: dois a um aos 40 minutos.

Dois minutos depois, Nicolas arrumou e Benítez acertou um chute rasteiro no canto para fechar o primeiro tempo em igualdade no placar: dois a dois.

Segundo tempo

O ritmo alucinante do final da primeira etapa, condicionou o que foi o segundo tempo. Nos primeiros 10 minutos, Papão e Leão estiveram em constante disputa no meio de campo.

No ímpeto do empate, o Paysandu foi mais afoito nos primeiros minutos, apostando muito na dupla Nicolas e Benitez, mas sem conseguir ter efeito prático. O Remo passou a ter mais posse de bola, mas também sem conseguir a efetividade para ameaçar o gol defendido por Matheus Nogueira.

E em meio na tudo isso, tiveram pedidos de pênaltis para os dois lados, mas nada marcado pelo Fifa Anderson Daronco.

Aos 15 minutos, bola na rede! Sávio cobrou uma falta com extrema categoria e mudou o placar: Remo três a dois.

Nos minutos seguintes, o Leão perdeu três chances de ampliar o marcador. Janderson tentou de fora e, no desvio da zaga, Matheus Nogueira fez a defesa. Depois, Pedro Rocha foi na individual e bateu chapado. A bola foi para fora. E por fim, de cara com Matheus Nogueira, Pedro Rocha não conseguiu pegar em cheio na bola e bateu fraco, facilitando a defesa.

Aos 26 minutos, um lance de preocupação. Jaderson e Novillo disputaram bola no alto e tiveram um choque de cabeça. O dois caíram desacordado no gramado. A equipe médica foi acionada e Jaderson, que ficou inconsciente por cerca de 5 minutos, deixou o Estádio do Mangueirão direto para o hospital, enquanto Novillo deixou o gramado andando em direção ao vestiário, mas em seguida foi levado ao hospital.

Após sete minutos, a partida recomeçou com o Paysandu mais ativo no ataque. Com mais posse de bola, a equipe bicolor encontrou dificuldades para entrar na área do Remo e criar situações de perigo para empatar a partida. E até o apito final, com direito a 11 minutos de acréscimos, nada aconteceu. Fim de papo e Remo em vantagem para o segundo jogo da final do Parazão.

 

Fonte: O Liberal